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PMEs avançam 14,6% em outubro, mostra Omie

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

A movimentação financeira de pequenas e médias empresas (PMEs) cresceu 14,6% em outubro, segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). A comparação é feita ano a ano e reforça o ritmo positivo visto no terceiro trimestre, como aumento de 9,4%.

Omie - PMEs em outubro - Serviços, Indústria, Comércio e Infraestrutura
(Imagem: Freepik)

No acumulado de 2023, o índice mostra alta de 6% até outubro em relação ao ano passado. Em geral, os números positivos reforçam o início positivo para o quarto trimestre.

De acordo com Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, o resultado de outubro se deve a boa atuação da Indústria e Comércio. Enquanto o primeiro setor viu recuperação financeira real de contas a receber, o segundo passou por aceleração no mês em questão.

“O comportamento favorável do mercado de PMEs foi sinalizado no ‘Sondagem Omie das Pequenas Empresas’, feito entre julho e agosto de 2023, em que cerca de 80% dos gestores de pequenos negócios estimavam que o faturamento deveria manter tendência de crescimento no curto prazo”, diz.

PMEs por setor

Serviços

As PMEs aumentaram o ritmo nos últimos meses e, até outubro, se encontram crescendo 13,4% frente mesmo retrospecto no ano passado.

Na visão de Beraldi, a retomada de alguns segmentos de PMEs afeta positivamente os negócios de prestadores de serviços para empresas, como contadores.

Indústria

A alta de 23,5% para o setor industrial é explicada pela Omie como resultado positivo disseminado por 23 subsetores da indústria de transformação.

Destes, 20 mostraram crescimento de dois dígitos em outubro, com destaque para:

+ Fabricação de produtos de madeira
+ Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos
+ Impressão e reprodução de gravações

Infraestrutura

O IODE-PMEs mostrou avanço da movimentação financeira real das PMEs da área (8,1%), reflexo do bom desempenho de atividades ligadas à construção civil.

Contudo, os números ainda indicam queda da atividade das PMEs ligadas às atividades de Obras de infraestrutura.

Comércio

Por fim, o setor voltou a apresentar queda em outubro (0,5%), mas em ritmo mais desacelarado. No terceiro trimestre, por exemplo, o setor fechou o período com retração de 7%.

A queda do décimo mês do ano só não foi grande, segundo Beraldi, pos o segmento atacadista crescey 5,5%, puxado por subsegmentos como mármores e granitos, produtos de higiene pessoal e alimentos.

No varejo, a queda foi de 14,1% no mês, mas áreas específicas seguem em crescimento, como pedras para revestimento, artigos de cama, mesa e banho e plantas e flores naturais.

Futuro

A curto prazo, Beraldi acredita que os bons resultados não espantam a maré de incertezas para as PMEs destes setores. Isso se relaciona, principalmente com a capacidade do governo em sustentar seus planos de ajuste fiscal.

“Ainda é cedo para atestar que o cenário doméstico se encontra pendendo para um lado mais pessimista, porém o tema deve ser monitorado de perto pelos empreendedores e demais agentes do mercado”, pontua o executivo.