A Pandora, maior fabricante de joias do mundo em volume de peças, está avaliando mudanças em sua operação na China após anos consecutivos de queda nas vendas, tanto online quanto no varejo físico. Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a empresa dinamarquesa negocia com fundos e parceiros locais a possibilidade de licenciar sua marca e ativos, inclusive estoques, por um período de cinco anos.

O movimento ocorre em meio ao enfraquecimento do consumo no país, agravado pela crise imobiliária e pela forte concorrência de marcas locais com forte presença digital. A mudança na preferência dos consumidores chineses por ouro e joias de maior valor agregado também impactou o desempenho da Pandora no país.
Em nota, a companhia afirmou reconhecer a necessidade de reposicionar a marca na China e que está empenhada em uma reviravolta, embora sem detalhar planos específicos. “A China é o maior mercado de joias do mundo, e continuamos totalmente comprometidos com os negócios no país”, declarou.
Marca aposta em outros canais
Na quarta-feira (10), a Pandora anunciou a entrada no Mercado Livre, um movimento que inaugura a presença da joalheria em uma plataforma de marketplace. O Brasil é o segundo maior mercado da marca na América Latina, por isso a ideia de expansão vem acompanhada dos canais digitais como meios de descoberta de produtos e tendências.
A joalheria também abriu mais de 70 operações no país em quase dois anos, apostando também nas joalherias independentes. Além disso, o novo conceito Evoke, utilizado no layout de lojas, traz para as lojas uma máquina para gravação do item adquirido, oferecendo mais exclusividade e conexão com o consumidor.