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Música sem fronteiras: Discogs fala sobre seu marketplace global no VTEX Day 2024

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

“Uma plataforma de descoberta musical e colecionadores de música”, é assim que o Discogs se define. Criado em 2000, o site abriga conteúdo criado por colacionadores de discos e demais mídias, resultando numa plataforma de dados sobre música que funciona de maneira orgânica. Atualmente, o site opera como um marketplace musical com um enorme catálogo de vendas que conecta cerca de 150 mil vendedores de mais de 100 países. Para falar sobre o papel do Discogs na economia circular sem fronteiras, Miguel Casas (CTO) e Kevin Lewandowski (CEO), subiram ao palco no último dia do VTEX Day 2024.

(Imagem: E-commerce Brasil)

Antes, o Discogs funcionava como uma espécie de “Wikipedia musical”, o insight que levou o DJ e CEO, Kevin Lewandowski, a transformá-lo em um marketplace foi a demanda dos usuários que, de alguma maneira, gostariam de adquirir o que estavam discutindo dentro do site. O CTO, Miguel Casas, comentou que a adoção da VTEX para gerir o comércio eletrônico trouxe modernização para o sistema desenvolvido há mais de 20 anos.

Desafios em operações transfronteiriças

Entre os principais desafios da operação, os painelistas destacaram a integração com sistemas de impostos globais e de sistemas de terceiros para efetuar vendas em diferentes países. Para conectar os 150 mil vendedores, é preciso melhorar o fluxo de checkout, apontou o CTO. Além disso, a complexidade dos impostos globais e da segurança do consumidor na hora dos pagamentos também foram mencionados como pontos sensíveis do marketplace musical.

“As pessoas procuram todo tipo de mídia que a música utiliza no Discogs, o item mais caro vendido foi uma transação transfronteiriça, vendemos um compacto de 7 polegadas por US$ 30 mil. O produto mais caro que já vendemos foi um long play de £ 30 mil”, afirmou o CEO.

Muitos que estão na plataforma operam num volume de vendas B2B, o que resulta em compras grandes e muitas vezes em moedas diferentes, alguns deles recorrem ao hacking para conseguir efetuar pedidos. Portanto, considerar melhorias no engajamento global e oferecer suporte para a penetração desses sellers é uma maneira de aprimorar a experiência de compra.

Conectados com o futuro

A pretensão é habilitar um portal do vendedor, disponibilizando descontos, códigos promocionais e investimento em segurança. O suporte nos envios e a conversão de moedas também foi mencionado como desafios da modalidade, pois hoje em dia utilizam apenas o Paypal como forma de pagamento. O propósito é ampliar, já que a empresa de pagamentos ainda é restrita em alguns países.

No Brasil, a ideia de habilitar o pagamento via Pix é promissora e abrirá caminhos para a aceitação de formas locais de pagamento, uma vez que a maioria deles ainda são feitos via cartões de crédito.

O CEO comentou que o Brasil tem uma das maiores comunidades musicais do mundo. Inclusive, o maior colecionador de mídia musical no mundo é brasileiro e sua coleção conta com cerca de 5 milhões de LPs. O que demonstra a relevância que a economia circular e o mercado musical tem conquistado no país.

O próximo passo é fazer com que os vendedores abram suas próprias lojas no Discogs, enfatizou o CEO. Ele e o CTO mencionaram que também querem desenvolver lojas físicas, estabelecer catálogos e ampliar o suporte à toda jornada de compra, integrando tudo que faz parte da música numa grande comunidade.