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MasterCard SpendingPulse: varejo no Brasil segue em trajetória de queda

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

O desempenho das vendas totais do varejo continuou a contrair em abril, caindo 4,9% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o SpendingPulse, relatório mensal da MasterCard sobre as vendas do varejo. O declive mais recente é apenas uma ligeira melhora, comparado à queda de 5,3% do primeiro trimestre.

Os setores que apresentaram pior desempenho em abril foram: vestuário, supermercados, móveis e eletrodomésticos. Por outro lado, artigos farmacêuticos, materiais de construção, combustíveis e artigos pessoais e de uso doméstico cresceram acima do indicador total de vendas.

“O crescimento do setor de artigos farmacêuticos foi impulsionado por uma mudança orientada do consumidor, que passou a pesquisar mais os preços de cosméticos e suplementos nutricionais, por exemplo”, afirma Kamalesh Rao, diretor de pesquisa econômica na MasterCard Advisors.

O e-commerce, que contava com uma trajetória de crescimento, caiu 6,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A média dos últimos três meses foi de um declínio de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015. Setores como artigos farmacêuticos, móveis e vestuário superaram a média do canal, enquanto hobbies & livrarias e artigos eletrônicos despencaram abaixo da média do setor.

“O ambiente econômico permanece desafiador, com um aumento do desemprego e um fraco aumento da massa salarial. Além disso, a confiança do consumidor caiu 2,7% em abril. A perspectiva de aumento do desemprego tende a piorar o ambiente varejista e continuará a pesar sobre os gastos nos próximos meses”, destaca Rao.

Regiões brasileiras: As regiões Nordeste (–4,1%), Sudeste (–4,4%) e Centro-Oeste (–2,8%) tiveram desempenho acima da média, enquanto Norte (–7,4%) e Sul (–8,4%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, na comparação com o mesmo período do ano anterior.