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Como planejar o marketing em tempos de coronavírus?

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Sérgio Chereneski, coordenador de planejamento de mídia da GhFly, começou sua conversa no Marketplace Live Edition 2020 com uma certeza: “o consumo digital aumentou consideravelmente no período do coronavírus”. E isso, segundo ele, impactará tanto de forma positiva como negativa. “A Exame já confirmou um aumento de 40% nas compras pela Internet, e há categorias que realmente estão crescendo com a crise do coronavírus. Mesmo assim, será preciso absorver essa demanda de forma eficaz para potencializar os resultados. Do contrários haverá gargalos”.

Otimista, ele apresentou algumas dicas para usar o momento de crise como alavanca dos negócios!

Oportunidades

Pessoas não vão mais às lojas, por isso é preciso apostar nos serviços de entregas, como supermercados e farmácias online (houve um consumo massivo disso nessas semanas). É preciso entender a capacidade operacional nesses segmentos, para não travar o gargalo.

Consumo home office

Segundo Sérgio, as marcas devem aproveitar o tema (consumo home office) para conversar com esse consumidor. Houve, segundo ele, um aumento na busca de aluguel de notebook, por exemplo — e esse campo pode ser usufruídos por empresas do segmento. Como complemento, ressaltou a importância de focar em conversas direcionadas a esse público nas redes sociais.

Videoconferência

Empresas de softwares tem um enorme campo a aproveitar com esse cenário. Segundo Sérgio, uma ideia a ser atribuída está em liberar softwares ao público, que está faminto por essa demanda.

Segurança

Como em outros países afetados pelo coronavírus, a busca por segurança privada está aumentando no Brasil. Por isso, empresas que comercializam câmeras e outros produtos do segmento podem ampliar as vendas no período.

Cursos EAD

Uma forma de a pessoas se distraírem com tudo o que está havendo, sem ser TV ou rádio, é o consumo de estudos digitais. Há um espaço grande para as pessoas se especializarem e as empresas podem oferecer esse produto para estreitar os laços com o consumidor.

Quais os próximos passos?

Como reimaginar as estrategias diante de tudo isso? Segundo o especialista, será preciso mudar algumas rotas. “A principal preocupação (além do cuidado e empatia) é construir um caixa para passar esse momento”, ressaltou. Segundo ele, será preciso:

  • destacar o por que o seu produto é importante;
  • reavaliar o posicionamento da marca;
  • estar presente nos canais onde os clientes estão (não adianta focar numa estratégia onde você tem uma eficiência menor);
  • entender se é possível ter uma entrega ou experiência alternativa dentro do seu business;
  • demonstrar cuidado e empatia (é preciso avaliar a forma como se comunicar para não parecer ser oportunista com essa situação);
  • entender quem são os seus consumidores e perceber o que eles vão querer ouvir de você.

Investir em marketing digital

É o momento de entender e colocar o conhecimento na área em prática. Será precisa equilibrar o esforço em mídia com a capacidade operacional, assim como ver as estratégias de relacionamentos (caminhos para conversar com o seu público). Além disso, Sérgio pontua levantou a importância de conversar e entender a situação dos consumidores. “Não pode perder esse contato com ele hoje, e o mesmo vale para os potenciais novos consumidores”.

Adequar a operação

Para Sérgio, o momento atual traz a necessidade de criar novas soluções na empresa que facilitem o acesso a produtos e serviços. Focar em novas parcerias de entregas e reforçar o serviço de delivery é uma boa opção. É o momento de reinventar o negócio. Trago como exemplo esse evento do E-Commerce Brasil, que mudou totalmente o formato e não deixou de acontecer. É possível rever a abordagem e não perder a oportunidade”, frisou.

Antecipação das vendas

No segmento hoteleiro e de viagens, por exemplo, empresas estão antecipando as vendas. E isso, segundo o especialista, é uma forma de garantir o caixa do negócio. Outra dica, segundo ele, é oferecer produtos do tipo “gift card”, com preço reduzido. Ou até mesmo garantir a venda com a adição de um bônus, que o cliente possa usar em uma outra oportunidade. “Para clínicas de estéticas e salões pode ser uma estratégia bem positiva”.

Conversar com o consumidor

Ir além dos canais já usados também é outra recomendação de Sérgio. É preciso, segundo ele, fazer de tudo para entender os cenários, seja por chat, Instagram, Facebook. “Vale perguntar como o cliente está, como ele prefere que a entrega seja realizada… É muito importante esse relacionamento agora”.

Apostar a venda em outras regiões

Perguntado sobre a possibilidade de ofertar os produtos a outras regiões, Sérgio pontuou: “É preciso entender se essa estratégia será eficaz ou não utilizando as ferramentas que temos disponível. Você terá uma breve noção de como está o consumo do produto em outras regiões. Às vezes, pode ser que no norte a crise não esteja tão alta e a venda do produto seja melhor do que no sudeste, por exemplo”.

Dicas de influenciadores (insta)

Questionado sobre os microinfluenciadores, Sérgio disse que eles estão em alta e podem ser utilizados, inclusive, nesse período de coronavírus. Porém, antes de tudo é preciso estudar qual o estilo de microinfluenciador faz mais sentido para a marca. Saber de qual forma ele vai conversar melhor com a sua marca também é primordial, assim como ter um briefing bem assertivo — que ele define como o sucesso (ou não) campanha.


Por Giuliano Gonçalves, via E-Commerce Brasil


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