Brasileiro passa a comprar mais itens usados online; celulares lideram
A internet tornou-se uma ferramenta importante e poderosa na busca por promoções e ofertas de produtos novos. Mas com o advento da pandemia da Covid-19 e a consequente necessidade dos consumidores de controlar seus gastos em razão da crise financeira decorrente deste cenário, o mercado de itens usados passou a ganhar protagonismo no Brasil.
A pesquisa “Brasil Digital: Itens Parados em Casa”, realizada com internautas em todo o país e elaborada pela OLX, uma das maiores plataformas online de compra e venda do Brasil, mostra que o brasileiro não apenas vem adquirindo mais produtos de segunda mão com a ajuda do e-commerce, mas também está usando mais este ambiente para gerar renda extra ao se desfazer de itens que já estavam sem uso em casa.
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De acordo com a pesquisa, 39% dos brasileiros já realizaram a compra de um produto usado na internet e, dentro dessa porcentagem, 45% o fizeram pela primeira vez durante a pandemia, contra 40% que admitiram ter adquirido um item novo em sua estreia no e-commerce. O resultado comprova que a pandemia não somente acelerou o hábito de comprar online, como também acelerou ainda mais o hábito de comprar usados.
Antes da pandemia, a preferência por produtos novos era maior entre aqueles que realizavam compras pela primeira vez: 60%, contra 54% de interessados por itens de segunda mão.
“Com a pandemia, o brasileiro precisou se reinventar e encontrou no mercado de seminovos e usados esta possibilidade, seja para comprar produtos com uma melhor relação entre custo e benefício, ou para gerar renda extra com a venda de itens que estavam parados em casa. Observamos que as pessoas estão mais conscientes de seus consumos e mudando seus hábitos, vendo que um item pode ter seu tempo de vida prolongado e atender a necessidade de quem procura por produtos de qualidade e com um melhor preço”, explica Andries Oudshoorn, CEO da OLX Brasil.
Já a frequência de compra daqueles que preferem produtos novos segue alta, segundo o levantamento da OLX. Quem comprou itens novos no ano passado o fez nada menos que 14 vezes, contra 7 vezes dos que adquiriram produtos usados. O tíquete médio entre esses dois públicos, no entanto, está praticamente equiparado: R$ 561, para itens novos, e R$ 555, para os usados.