Após oficializar uma divisão em seis do grupo, a Alibaba conta com mais novidades, mas, dessa vez, voltadas ao Brasil. Em movimento reverso ao iniciado anos atrás, quando o AliExpress trouxe produtos chineses ao consumidor nacional, a empresa de Jack Ma tem planos de fomentar insumos brasileiros que fazem sucesso na China.
Com foco em pequenos e médios empreendedores do país, o Alibaba Group enxerga potencial nessa inversão de papéis. Entre o que deve ser colocado na esteira de consumíveis, estão:
Rochas ornamentais
Mel
Própolis
Produtos orgânicos em geral
Nozes e castanhas
Café
Açaí
Apesar de já comercializar alguns ou todos estes produtos em sua plataforma, a Alibaba não possui produtores nacionais envolvidos no processo. Dessa forma, a aproximação com o Brasil visa sanar a perda dos últimos anos.
Segundo dados do próprio grupo chinês, cerca de R$ 50 milhões são perdidos em vendas pelo Brasil ao mercado chinês.
No atacado global, a exportação de produtos brasileiros para o mercado chinês foi de U$ 253 milhões, em 2021, dentro de todas as plataformas de e-commerce do Alibaba. Já as empresas norte-americanas atingiram o patamar de U$ 61 bilhões enviados para a China.
Norte e Nordeste nos holofotes
Apesar de mirar no Brasil como um todo, a empresa cofundada por Jack Ma têm Norte e Nordeste como prioridade para comercialização de produtos artesanais e orgânicos.
Para isso, em parceria com o governo Federal, a empresa deve apostar no modelo Taobao de atuação, vendendo produtos de pequenos produtores. Neste cálculo, o Norte (US$ 28 bilhões) e o Nordeste (US$ 27 bilhões) são vistos como regiões com menores participações neste processo de importação.