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Efeito reverso: Alibaba quer levar produtos brasileiros à China

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Após oficializar uma divisão em seis do grupo, a Alibaba conta com mais novidades, mas, dessa vez, voltadas ao Brasil. Em movimento reverso ao iniciado anos atrás, quando o AliExpress trouxe produtos chineses ao consumidor nacional, a empresa de Jack Ma tem planos de fomentar insumos brasileiros que fazem sucesso na China.

Com foco em pequenos e médios empreendedores do país, o Alibaba Group enxerga potencial nessa inversão de papéis. Entre o que deve ser colocado na esteira de consumíveis, estão:

Rochas ornamentais
Mel
Própolis
Produtos orgânicos em geral
Nozes e castanhas
Café
Açaí

Alibaba
Jack Ma, cofundador do Alibaba Group (Foto: Trond Vikem/NFD)

Apesar de já comercializar alguns ou todos estes produtos em sua plataforma, a Alibaba não possui produtores nacionais envolvidos no processo. Dessa forma, a aproximação com o Brasil visa sanar a perda dos últimos anos.

Segundo dados do próprio grupo chinês, cerca de R$ 50 milhões são perdidos em vendas pelo Brasil ao mercado chinês.

No atacado global, a exportação de produtos brasileiros para o mercado chinês foi de U$ 253 milhões, em 2021, dentro de todas as plataformas de e-commerce do Alibaba. Já as empresas norte-americanas atingiram o patamar de U$ 61 bilhões enviados para a China.

Norte e Nordeste nos holofotes

Apesar de mirar no Brasil como um todo, a empresa cofundada por Jack Ma têm Norte e Nordeste como prioridade para comercialização de produtos artesanais e orgânicos.

Para isso, em parceria com o governo Federal, a empresa deve apostar no modelo Taobao de atuação, vendendo produtos de pequenos produtores. Neste cálculo, o Norte (US$ 28 bilhões) e o Nordeste (US$ 27 bilhões) são vistos como regiões com menores participações neste processo de importação.