Hoje, o ato de comprar está muito mais independente do contato olho no olho do que há cinco anos, muito embora ainda existam consumidores que só decidem uma aquisição depois de receber uma verdadeira consultoria personalizada do vendedor. Mesmo assim, não há como negar que o e-commerce cresce e só faz aumentar os investimentos em e-marketing.
“E-marketing são todas as ações de comunicação integradas na internet, o que inclui site institucional, e-commerce, perfil na rede social, e-mail marketing, newsletter, banners, mailing, entre outras”, explica o consultor do Sebrae-SP, José Carmo de Oliveira.
Antes de qualquer empreitada no meio digital, o empreendedor deve se questionar se conseguirá atender o cliente da mesma forma que atende na loja física. “É necessário manter o mesmo nível de atendimento. Caso contrário, o consumidor muda de site em apenas um clique”, recomenda o consultor.
Estratégia – Antes de investir em uma loja virtual, o empresário precisa entender que, as mesmas necessidades que os clientes têm na loja física, eles também têm no meio eletrônico. “Em uma loja física, a vitrine é o principal chamariz para o consumidor. Na loja virtual não é diferente. Para conquistar o cliente, deve-se oferecer praticidade, com produtos bem organizados na página e facilidade de acesso às suas especificações. Além disso, é preciso disponibilizar todas as informações referentes ao produto e as formas de pagamento”, orienta José Carmo.
Investimento – O empresário José Roberto Júnior, de Bauru, sócio-proprietário de uma loja de produtos para a área de saúde, conta que sua clientela é formada por médicos, fisioterapeutas, personal trainer e pessoas que precisam de cuidados médicos em casa.
O investimento no comércio eletrônico foi uma necessidade levantada por Júnior ao definir o seu target, no ano de 2008. “Temos uma base de clientes formada por profissionais de saúde que não têm muito tempo para vir até a loja física. Ao disponibilizarmos os produtos pela internet, conseguimos oferecer conforto e comodidade, resultando em um aumento significativo em nosso faturamento”, explica.
Hoje, a loja virtual da empresa fatura 70% e a loja física, 30%. “Porém, se nós não tivéssemos uma loja física estabelecida há tantos anos e consolidada no mercado, não teríamos a confiança dos clientes para eles comprarem pelo e-commerce. A loja virtual paga a conta, mas é a loja física que mantém a imagem da empresa na internet”, comenta.
Receita de sucesso – Segundo o consultor do Sebrae-SP, José Carmo de Oliveira, uma boa dose de etiqueta e planejamento é fundamental para o sucesso na internet. “O empresário precisa de cuidado com a linguagem que usa, principalmente na rede social. É necessário ter etiqueta para saber o que e como falar, o que comentar e o que gerar de conteúdo”, orienta.
A geração de conteúdo, com uma frequência regular de atualização, também auxiliará no engajamento dos consumidores nas mídias sociais e provocará as visitações no site da empresa. “Ter uma página de Facebook ou Twitter atualizada faz parte da integração das ações de marketing, atreladas às campanhas promocionais da loja virtual e do suporte das mídias convencionais”, pontua José Carmo.
Na opinião do empresário José Roberto Júnior, a empresa que não está na internet nos dias de hoje, não existe para os consumidores. “É como se ela estivesse de portas fechadas para o mundo virtual, mesmo que ela tenha a sua sede física. Com certeza, este empreendimento não alcançará o faturamento esperado. O consumidor de hoje quer a loja dentro da sua casa, pela internet”.
Na prática:
– Atenção ao público-alvo. Toda ação gera uma reação e, se realizada com um target errado, a empresa não terá retorno para mensurar os resultados.
– Não dependa apenas dos sites de busca, como o Google. Esforce-se em campanhas de e-mail marketing, mala direta e publicações nas mídias convencionais.
Fonte: Terra