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Crianças brasileiras ganham o primeiro smartphone aos 10 anos

Por: Lucas Kina

Jornalista e produtor de Podcasts no E-Commerce Brasil

Aos 10 anos e 3 meses, em média, as crianças brasileiras recebem o primeiro smartphone. É o que mostra a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Crianças e Adolescentes com Smartphones no Brasil. O estudo aponta que a posse de celulares entre menores caiu em quase todas as faixas etárias, reflexo da discussão sobre os impactos do uso precoce e da lei federal que proibiu aparelhos em sala de aula.

Crianças brasileiras ganham o primeiro smartphone aos 10 anos
(Imagem: Envato)

Apesar da forte presença online, apenas 19% dos adolescentes podem realizar compras dentro de aplicativos por conta própria. Metade dos pais utiliza ferramentas de filtro de conteúdo e 56% dos responsáveis por jovens de 13 a 16 anos estabelecem limites de tempo de uso.

O levantamento revela que crianças de quatro a seis anos tiveram a maior queda no acesso. Apenas 17% destes possuem celular próprio, contra 30% no ano anterior. Entre sete e nove anos, a taxa caiu de 49% para 45%, e entre 10 e 12 anos, de 76% para 69%. Já entre adolescentes de 13 a 16 anos, 88% têm smartphone.

O tempo de tela acompanha o avanço da idade. Crianças de até três anos passam em média 1h28 por dia no aparelho, enquanto adolescentes de 13 a 16 anos chegam a 3h44.

Apps mais populares e impacto no digital

O YouTube segue como principal plataforma para o público infanto-juvenil: 28% dos pais apontam o app como o mais usado pelos filhos, à frente de Instagram e TikTok. A liderança é consistente mesmo entre os menores de 0 a 6 anos, superando o YouTube Kids. O WhatsApp ganha espaço a partir dos 10 anos e já é o app mais presente entre adolescentes.

A pesquisa também incluiu pela primeira vez o ChatGPT, utilizado por 33% dos jovens de 13 a 16 anos. Já o Roblox mantém a liderança entre os games mobile, crescendo de 25% para 28% na preferência dos entrevistados.

Esses dados reforçam a relevância do ambiente digital na formação do consumo das novas gerações e apontam tendências para o e-commerce e os marketplaces.