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Amazon emitiu 13 mil notificações disciplinares em um único armazém nos EUA

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O empregado da Amazon Gerald Bryson havia contado manualmente milhares de itens em um depósito ao longo de três dias, quando seu gerente lhe mostrou um “Documento de feedback de suporte”.

Documentos internos da Amazon revelam com que frequência a empresa mediu o desempenho dos trabalhadores em detalhes minuciosos e advertiu aqueles que ficaram um pouco abaixo das expectativas – às vezes antes do término do turno.

Em um único ano encerrado em abril de 2020, a empresa emitiu mais de 13 mil avisos disciplinares somente no depósito de Staten Island, disse um advogado da Amazon em documentos judiciais.

A instalação tinha cerca de 5.300 funcionários na época.

Os registros e entrevistas de atuais e ex-funcionários mostram a enorme pressão da Amazon para concluir as tarefas com a precisão e rapidez que a empresa exige – criando um ambiente que alguns trabalhadores disseram que alimentou os esforços de sindicalização em todo o país.

Em março, o local de trabalho de Bryson votou para se tornar o primeiro armazém organizado da Amazon nos EUA, e funcionários de mais de 100 outras instalações em todo o país estão se esforçando para fazer o mesmo, segundo o Amazon Labor Union, grupo trabalhista formado em abril de 2021.

A Amazon, maior varejista online dos EUA, divulgou esses registros em resposta a uma reclamação do National Labor Relations Board (NLRB) sobre a demissão de Bryson em 2020.

A Amazon disse que as metas que estabelece são justas e baseadas no que a maioria da equipe está realmente realizando. A empresa diz que faz mais elogios aos empregados do que críticas.

Um juiz de direito administrativo em abril deste ano ordenou a reintegração de Bryson depois de descobrir que o varejista o demitiu ilegalmente por protestar contra as condições de segurança no local de trabalho. A Amazon está recorrendo da decisão do juiz.

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Fonte: Reuters, via Money Times