A Black Friday com altos descontos e promoções audaciosas pode não se repetir em 2020. Produtos bastante cobiçados pelo público, como aparelhos de TV e smartphones, sofreram repasses de preços por conta da alta do dólar. Além disso, muitas fábricas interromperam a produção por algum período da pandemia. Por isso, não há estoques elevados para queimar durante o evento, que acontece na última semana de novembro.
Já dá para dizer que setores que tiveram quedas brutais de vendas terão mais margem para dar descontos, caso do vestuário e calçados. “O setor de moda tem que recuperar as vendas de tudo que ficou encalhado no inverno. Essa coleção toda voltou para o estoque. E já tem um estoque de primavera/verão chegando que precisa ser movimentado”, afirmou Alexandre Machado, sócio-diretor da Gouvêa Consulting, ao site 6 Minutos.
A redução dos descontos parece já ter se consolidado como tendência no varejo. Levantamento da GfK mostra que o participação das vendas com descontos acima de 10% caiu de 25% em 2019 para 10% neste ano.
E-commerce na Black Friday
No entanto, as vendas devem ser boas no e-commerce. O varejo online, que costuma ser o principal canal de compra da Black Friday, vem registrando recordes seguidos de vendas durante a pandemia. Além disso, o brasileiro já se habituou a antecipar as compras de Natal na Black Friday.
“A expectativa é que essa Black Friday seja mais um sucesso em nosso calendário de vendas. Conversei com indústrias que ficaram paradas por dois, três meses. Eles retomaram a produção e bateram recorde de vendas em julho e agosto”, contou Machado.
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