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Retailtechs: o futuro do varejo está na inovação

Por: Patrícia Zanlorenci

CEO da Vellore Ventures. Formada em Direito e em Administração Internacional de Negócios e Contabilidada, com MBA em Contabilidade. Life Coach certificada, Analista Corporal Certificada e Terapeuta Holística de Cura Nativa. Trabalhou em Multinacionais por 10 anos, especialmente em cargos de Gestão Financeira. Atuou como concursada pública na área de planejamento em um Hospital. Abriu um Escritório de Contabilidade que transformei em uma Empresa de Consultoria e Treinamentos em 2019. Criou o método Empreendedora Livre para ensinar mulheres a viverem do seu próprio negócio.

O surgimento de novas tecnologias afetou quase todos os setores da economia, desde a saúde, o transporte e o entretenimento até o bancário. Mas um dos mais impactados, especialmente pela mudança drástica de consumo durante a pandemia, foi o varejo. Dos grandes conglomerados aos pequenos empreendedores, as ferramentas digitais permitiram uma série de possibilidades, como facilitar a emissão de notas fiscais, garantir o cross da jornada online e presencial e oferecer experiências mais engajadoras aos clientes por meio da gamificação.

Em um mundo pós-pandemia, em que se viu a necessidade massiva de transações eletrônicas, entendemos que esse comportamento pode mudar ainda mais bruscamente nos próximos anos. Aqueles que nunca haviam feito sequer uma compra online testaram e aprovaram o modelo, percebendo que há segurança e praticidade em apertar um botão e ir desde a escolha da cor do produto até o pagamento digital e recebimento no conforto de casa.

Retailtechs são startups que nascem com o objetivo de trazer mais eficiência e produtividade aos varejistas, e a toda a cadeia relacionada a esse mercado.

A necessidade de empresas planejarem como poderiam suprir as demandas do mercado ficou clara e, com ela, a tecnologia veio como grande aliada para manter o funcionamento de toda a cadeia de produção e atender melhor os clientes. Novas tendências surgiram, assim como novos hábitos, que vieram para ficar mesmo com o retorno à normalidade.

No segmento de varejo, o número de empresas que fazem comércio online cresceu de 54% para 70% em 2020 e, pela primeira vez, os supermercados formaram mais de 50% de integrantes na lista de negócios que mantinham um e-commerce, segundo dados do ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

Crescimento das retailtechs

Essa revolução digital é fruto do crescimento das retailtechs, startups que nascem com o objetivo de trazer mais eficiência e produtividade aos varejistas, e a toda a cadeia relacionada a esse mercado. Elas atuam em diversas categorias e, normalmente, usam dados para personalizar ofertas, ampliar a gestão, unificar os canais de venda e refinar processos com dados.

No Brasil, as retailtechs marcam presença cada vez mais expressiva no mercado. De acordo com a pesquisa Distrito Retailtech Report, divulgada pela Pequenas Empresas, Grandes Negócios em 2020, existiam mais de 600 startups de varejo no país na época. Em 2022, segundo as duas fontes (Distrito e PEGN), o setor foi o segundo que mais recebeu investimentos voltados para esse modelo de negócios, somando R$ 370 milhões, atrás apenas das fintechs.

Dentro de um universo repleto de interesse e oportunidades para startups de varejo, o ano de 2023 chega para consolidar o modelo de aplicação massiva da inovação. Os benefícios se comprovam em diversos âmbitos, principalmente no que se refere à inovação em estratégias de vendas presenciais, online, logística, inteligência de dados e visibilidade das operações.

Uma boa logística é outra chave primordial para o bom desenvolvimento de uma empresa. Nesse contexto, o uso da inteligência artificial melhora o rendimento de muitos mercados, principalmente o varejista. Assim, essas startups chegam para consolidar a automação em várias etapas do processo de venda, desde o controle de desempenho de entregas, a gestão de despacho, a roteirização e a coleta até a entrega last mile e chatbots de atendimento pós-venda.

Porém, além da aplicação prática, para usufruir o melhor dessas ofertas, é preciso abraçar o conceito que permeia todo esse trabalho: a valorização da criatividade e da inovação. Mais do que uma ferramenta, a mentalidade inovadora revoluciona o desempenho e os impactos de uma organização.