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O mobile commerce no cenário do consumidor omni-channel

Por: Rodrigo Genoveze

Rodrigo Genoveze, diretor geral da Awin no Brasil desde 2011, iniciou sua carreira com a Awin na Espanha, em 2007, atuando como diretor executivo de vendas durante os últimos anos. Nestes quatro anos com a Awin, Genoveze adquiriu ampla experiência no mercado de publicidade digital voltado a obtenção de resultados e traz ao Brasil este conhecimento para as atividades locais da Awin. Genoveze graduou-se em Administração de Empresas e Relações Internacionais nos EUA, e reuniu ampla experiência na Europa, onde trabalhou também para a Travelport, grupo de agência de viagens online líder na Europa. Em 2011 liderou o projeto de performance para uma rede local no Brasil, aprimorando o seu contato com os mercados e tendências da indústria de publicidade digital.

O ano de 2014 foi um marco no mercado do e-commerce. Só no Brasil, o crescimento em relação ao ano anterior foi de 24%, segundo dados divulgados pelo E-bit, empresa especializada no setor.

Durante o ano passado, o comércio eletrônico bateu recordes em volume de vendas no mundo inteiro, o que não chega a ser uma novidade, pois o negócio vem numa crescente há algum tempo. O curioso é que, no último trimestre, houve um pico de vendas por meio de dispositivos móveis, o chamado mobile commerce, ou m-commerce.

A compra por meio dos celulares começou tímida, ainda no tempo em que se comprava, por meio de SMS, ringtones, músicas ou jogos específicos para serem utilizados na plataforma móvel.

Com o passar do tempo, quando os usuários começaram a ter mais acesso à internet fora de casa, ou seja, por redes wireless, os sites de comércio eletrônico passaram a se atentar para a emergência de um novo nicho de negócio.

Esta possibilidade de conexão quase que onipresente, por meio de devices móveis, também contribuiu para o boom no e-commerce.

Além disso, muito por conta da rotina cada vez mais em ritmo acelerado nas grandes cidades, as pessoas passaram a usar os celulares e tablets para resolver tarefas antes feitas exclusivamente no desktop ou até mesmo pessoalmente em locais físicos.

Foi então que o fluxo de compras e transações por smartphones e tablets também começou a crescer dando início ao conceito m-commerce.

Interessante, ainda, é que cada canal possui um perfil de consumidor, sejam os que acessam o varejo online pelos tablets, celulares ou desktops. No mundo todo, quem compra pelo tablet é que lidera o ranking de usuários que mais desembolsam em compras online, com gasto médio de 74 euros.

Isso se deve, principalmente, ao fato deste tipo de device proporcionar melhores condições para pesquisa. Também é um momento em que ele tem mais tempo para navegar e se interessar por produtos se comparado a outros tipos de dispositivos móveis, como os celulares.

Também é possível identificar um crescimento no ticket médio de usuários de smartphones. No último trimestre de 2014, eles gastaram, em média, cerca de 14 euros a mais do que em períodos anteriores, saltando de 44 para 58 euros. Esta tendência pode representar um reflexo do uso mais intenso desses dispositivos, mas também está ligada às compras de natal, que aumentam a procura por produtos de todos os setores.

Agora, o desafio das empresas tem sido se adaptar a esse novo hábito de compra dos consumidores. Alguns sites já contam, inclusive, com aplicativos com diferentes funcionalidades para melhorar a experiência do usuário na navegação e ampliar as taxas de conversão em vendas.

Por outro lado, ainda existem empresas com sites sem nenhuma adaptação para plataformas mobile. O futuro de quem não acompanhou o movimento dos consumidores, que hoje é omni-channel, com certeza é o fracasso.

Não é novidade que até quem não tem o costume de adquirir produtos por plataformas móveis, acaba se utilizando destes devices como ferramenta de consulta e pesquisa antes de finalizar a compra em um desktop ou até mesmo em uma loja física.

A tendência é que o fenômeno dos smartphones, tablets, conexões móveis e, por consequência, o m-commerce se torne cada vez mais a primeira opção de canal de compra e que as marcas precisem atender às necessidades específicas desse consumidor.

O essencial, nesse caso, é mapear e entender o cliente potencial da sua empresa e conhecer bem sua rotina para oferecer a melhor experiência possível dentro do ambiente digital.