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Notificações push: como utilizar em estratégias de fidelização de clientes?

Por: Eduarda Bitencourt

Jornalista formada pela Unisinos. Atualmente trabalha como Analista de Conteúdo na Pmweb. Também tem experiência em planejamento, redação e gestão de mídias sociais, textos para blogs e e-mail marketing.

A sua marca já investe em notificações de push? Se a resposta para essa pergunta for “não”, saiba que você está perdendo um canal poderoso para a fidelização e a conversão de clientes. A inserção do push pode funcionar de maneira estratégica dentro da comunicação da sua marca para auxiliar o usuário com lembretes, divulgar promoções e trazer mensagens curtas sobre status de compras efetuadas.

A verdade é que existem inúmeras vantagens de incluir as notificações em sua comunicação. Tanto o push tradicional (mobile) quanto o web push (usado em desktops) são canais de comunicação que exigem pouco investimento e geram grandes retornos. Isso acontece pois eles são uma tecnologia de fácil acesso, ou seja, estão em locais que os consumidores já possuem prática de usar. Estima-se que os brasileiros passam em média 3,4 horas por dia conectados no telefone e mantêm cerca de 70 a 80 aplicativos instalados com uso médio real de 30 apps, segundo dados da consultoria especializada no comportamento e mercado digital, App Annie.

A inserção do push pode funcionar de maneira estratégica dentro da comunicação da sua marca para auxiliar o usuário com lembretes, divulgar promoções e trazer mensagens curtas sobre status de compras efetuadas.

E é nesse cenário que o push se torna relevante. Dentro do mar de informações em que o consumidor está mergulhado diariamente, é importante relembrar o usuário sobre os benefícios do app para que ele engaje novamente. Segundo o estudo da Urban Airship, se os novos usuários de aplicativos não receberem notificações push nos primeiros 90 dias, 95% se tornaram churn, ou seja, não voltarão a usar o app.

Dentro dessas estimativas, a sua marca pode encontrar uma abertura para o sucesso com os pushes. Sabendo dos hábitos dos brasileiros, seguindo as boas práticas e comunicando de maneira efetiva, os pushes podem trazer os clientes para ainda mais perto e ajudar na conversão final.

O que são pushes e como eles podem auxiliar na fidelização?

Os pushes têm como característica principal serem voltados para conteúdos promocionais, sendo um canal que tem como foco a conversão. Isso ocorre pois a função dessas mensagens é sempre levar o usuário para alguma ação dentro do aplicativo ou site da marca, aumentando assim o engajamento e o número de visitas e visualizações. Idealmente, ele é usado como um complemento, em conjunto com uma estratégia que envolve outros canais, como o e-mail marketing.

O push também tem como trunfo a personalização. Ele pode entregar a mensagem certa para o cliente certo, na hora certa e, com isso, aumentar as oportunidades de retenção. Mas, para que a retenção e a fidelização aconteçam, é preciso sempre manter um objetivo claro e coerência em suas mensagens. Antes de estruturar a sua estratégia, pense: “por que eu estou enviando isso?”, “qual ação que eu quero que o usuário tome a partir dessa mensagem?” e “qual benefício o meu usuário tem ao saber disso?”.

Tendo essas perguntas em mente, é hora de passar para o segundo passo: a personalização. Hoje, os pushes permitem diversos tipos de mensagens personalizadas, sejam elas baseadas no histórico de compra, na atividade do usuário e até mesmo na geolocalização do aparelho. Um estudo da consultoria MoEngaje revela que mensagens personalizadas têm interação de até 75% mais do que uma mensagem genérica. Nesse caso, a experiência do usuário é fundamental dentro das notificações de push: quanto mais ele sentir que aquela mensagem é específica para os propósitos dele com a marca, existem mais chances de o consumidor clicar e realizar a ação proposta.

Além disso, é importante se ater à frequência dos envios. O envio de um push por semana ocasiona 10% de desinstalação, mas essa taxa sobe para 37% quando os usuários recebem cinco ou mais por semana, segundo estudo da Inngage. O segredo está no equilíbrio somado às boas práticas. Ainda no mesmo estudo, temos os dados de que os pushes por segmentação avançada e personalização podem ter de três a quatro vezes mais impacto no usuário final.

Boas práticas para push

Para além da personalização que mencionamos acima, o push precisa contemplar algumas boas práticas que auxiliam na efetividade da notificação.

– Comece o push de forma direta e objetiva com, por exemplo, o nome da campanha ou o benefício que ela dá. Por ser uma mensagem curta e complementar, é importante que o usuário tenha um entendimento rápido sobre o assunto.
– Foque na relevância da notificação. Lembre-se sempre de questionar por que você está enviando essa mensagem. O timing é importante também. Faça análise sobre o comportamento do usuário e evite horários que não demonstram muito engajamento.
– Para finalizar a mensagem, o ideal é sempre incentivar uma ação ao usuário, por exemplo: participe, aproveite, concorra, compre, garanta etc.

Com os pushes, a marca deixa de ter um papel passivo e passa para um papel ativo na comunicação, em que não espera mais pelo usuário procurar o seu site, mas sim o incentiva no acesso.

Mas se engana quem pensa que o trabalho termina quando o envio é feito. Depois da mensagem enviada, ainda são precisos monitoramento e análise. Sempre que possível, acompanhe o desempenho de suas notificações. Use ferramentas de análise para entender como as mensagens estão sendo recebidas pelos usuários e ajuste sua estratégia com base nos dados.