Um dos grandes desafios das vendas online giram em torno dos pagamentos. As transações financeiras necessitam de uma combinação de múltiplas soluções em uma única plataforma.
E um grupo de empresas inovadoras, que cresce exponencialmente no mercado digital, se viu capaz de atender às expectativas dos clientes e fornecer uma experiência de pagamento perfeita.
Unindo o que há de melhor no e-commerce às facilidades proporcionadas pelos bancos digitais, algumas organizações estão revolucionando o mercado e criando seus próprios métodos de pagamento.
A parceria fechada entre a Via Varejo e a fintech americana Airfox, por exemplo, é uma das grandes apostas do varejo brasileiro na criação de um novo banco digital.
Para você entender melhor por que essas mudanças impactam (e perturbam) o ecossistema de pagamentos como o conhecemos, preparei uma visão geral de 5 organizações que acredito estarem na vanguarda da inovação em pagamentos.
O avanço dos neobanks
Com o surgimento e avanço da internet, o comércio eletrônico se tornou uma parte indispensável da nossa vida cotidiana.
Apresentando um nível completamente novo de conveniência – lojas virtuais na ponta dos dedos, ofertas personalizadas e entregas no mesmo dia — os clientes agora esperam o mesmo tipo de experiência de outros setores.
No entanto, os bancos ainda estão presos aos seus velhos hábitos e muitas vezes não conseguem atender às crescentes demandas dos clientes.
E foi justamente através dessa brecha deixada pelas gigantes financeiras que as fintechs e os e-commerces se juntaram e encontraram ótimas oportunidades para crescer e dominar o mercado.
“Antigamente eu acordava de manhã e sabia que meus concorrentes eram Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa. Eu mais ou menos sabia as armas que eles iriam usar. Agora, novos competidores podem surgir a qualquer momento”.
A frase citada acima, por Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, nos mostra claramente como as novas tecnologias ameaçam a indústria bancária no Brasil e no mundo.
De acordo com a revista Exame, 45 milhões de brasileiros não são bancarizados (não têm conta em banco), embora movimentam 800 bilhões de reais por ano.
E para suprir a inadequação dos bancos tradicionais, estão surgindo novos participantes no setor bancário que são capazes de “fisgar” esse público com produtos e serviços bem atrativos: os neobanks.
Os neobanks são instituições que já nascem 100% digitais, não possuem agências presenciais e nem outras estruturas com burocracias demasiadas.
Seus clientes podem realizar serviços bancários a qualquer hora do dia ou da noite e em qualquer local com acesso adequado à internet.
Utilizando uma plataforma online ou um aplicativo de celular, seus custos com tarifas são baixíssimos ou até mesmo grátis.
Com o foco completamente voltado para a satisfação e comodidade do cliente, são capazes de operar:
- Transações simples;
- Pagamentos digitais;
- Serviços de crédito e financiamento alternativo;
- Finanças pessoais, como serviços de pagamento de contas e depósito direto de salários.
Métodos de pagamento próprios
Abaixo veja algumas empresas brasileiras que estão investindo em seus próprios métodos de pagamento.
1 – Mercado Livre
Disponível pelo site ou pelos apps, o Mercado Pago é a carteira digital do Mercado Livre.
Atuando como intermediário entre o vendedor individual e o comprador, ele funciona gerenciando suas vendas no site de e-commerce de forma ágil e online.
É possível utilizar seu saldo para realizar compras em diversas lojas ou adquirir serviços variados como recargas de celular e bilhetes de transporte.
2 – Lojas Americanas
Disponível via aplicativo para celulares Android e iPhone (iOS), o Ame Digital é a conta digital das Lojas Americanas. Ele foi criado para pagar compras feitas no seu próprio site e em lojas parceiras como o Shoptime, Submarino e Méliuz.
Com um sistema de cashback integrado, onde parte do valor retorna para o usuário, o serviço também permite enviar e receber dinheiro facilmente entre contas Ame.
Seja através de um QR Code ou de transações como TED e DOC, o Ame não cobra nenhum tipo de taxa. Além disso, ele não emite cartão de crédito/débito nem opera como banco.
3 – Casas Bahia
Muita gente não sabe, mas a Casas Bahia também tem seu próprio banco digital: o BanQi.
O processo de abertura da conta é todo realizado através do aplicativo e de forma bem simples: basta baixar o app, preencher seus dados, criar uma senha e ativá-la.
Pelo aplicativo também é possível pagar boletos, como qualquer outro app bancário, e receber notificações quando uma parcela estiver para vencer.
Não são cobradas taxas para abrir ou manter a conta ativa e também é possível fazer transferências TED sem cobranças para outros bancos.
Um dos seus diferenciais é o seu cartão pré-pago, que possui bandeira Mastercard, além de ser grátis e não possuir anuidade. O cartão pré-pago do BanQi é aceito em diversas lojas e estabelecimentos, além de ser internacional e permitir compras fora do país.
4 – RappiPay
Em março deste ano, a Rappi também lançou a sua carteira digital, chamada RappiPay. Neste recurso, o usuário pode transferir e receber dinheiro, além de dividir entregas.
O saldo do RappiPay vira pontos, sendo R$1 equivalente a 1 ponto. Eles podem ser usados para pedidos no próprio aplicativo do Rappi, trocados por dinheiro ou ainda funcionar como “troco” em entregas futuras.
A carteira digital também permite que sejam efetuados pagamentos em lojas físicas através da leitura de um QR Code.
5 – Renner Masterpass
Primeira varejista de moda do país a oferecer uma carteira digital a seus clientes, a Renner, em parceria com a Mastecard, lançou em 2016 o Renner Masterpass.
Na época, a intenção era criar um ambiente seguro para o consumidor, onde a plataforma armazenasse informações de cartões de crédito, débito, pré-pagos e fidelidade, garantindo simplicidade e agilidade no “check out” das transações online.
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