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Mega eventos esportivos trazem oportunidades para o e-commerce nacional

O Brasil sediará os mais importantes eventos esportivos mundiais – como a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016 – que gerarão enormes oportunidades de melhorias em relação à infraestrutura do país, bem como favorecerão a ampliação da rede hoteleira, serviços, comércio e entretenimento, além de aprimoramentos na tecnologia e nos sistemas de telecomunicações.

Diferentemente de um empreendimento de comando central, os mega eventos implicam na atuação conjunta e de difícil coordenação de centenas ou milhares de agentes, cada qual com seus processos, sistemas, interesses e uma dinâmica própria de interação, entre os quais as delegações de cada país, patrocinadores, investidores, promotores, hotéis, companhias aéreas, transportes terrestres urbanos e de longa distância, serviços de alimentação e entretenimento, canais de comunicação, como TV, rádio e imprensa, voluntariado, organismos de governo, além, obviamente, do público presente e à distância.

Para a Copa de 2014 são esperados 500 mil turistas estrangeiros no país em um mês, 15 mil jornalistas, cerca de 500 canais de TV com 71 mil horas de cobertura e 3,5 a 4 bilhões de telespectadores para assistir a 64 partidas de futebol entre 32 países em 12 cidades sedes.

Os investimentos em infraestrutura para a Copa de 2014 são estimados entre R$ 33 a R$ 50 bilhões, e os investimentos em tecnologia de informação e comunicação em, pelo menos, R$ 3,8 bilhões. Para as Olimpíadas de 2016 serão aproveitados muitos dos investimentos realizados para a Copa de 2014, mas outros novos serão necessários.

De um lado, as cidades e os países que sediam os principais eventos esportivos internacionais assumem compromissos financeiros substanciais com projetos de investimento de capital que devem ser planejados, financiados e concluídos em um prazo específico e inflexível.

Em uma situação de tal complexidade, as abordagens tradicionais de sistemas de informações são insuficientes, e não há, no mercado, soluções de sistemas que possibilitem a necessária coordenação e interação.

A interação que os portais, websites e comunidades virtuais possibilitam, agregados sob o título de Web 2.0, não atendem a demandas por interoperação; no máximo viabilizam troca de mensagens e conteúdos, o que é, também, insuficiente para uma maior colaboração operacional entre todos os agentes envolvidos nos mega eventos.

A solução para uma demanda tão complexa passa pelo uso de uma base que possibilite, por iniciativa dos próprios agentes, a interoperação de processos e integração de informações.

Uma das mais importantes oportunidades decorrentes desses mega eventos é a criação e operação de uma plataforma integrada de comércio e interações, com funcionalidades para criação de marketplaces (compras, vendas, contratações, trocas, empréstimos, locações, etc., inclusive a integração com meios de pagamento), para colaboração entre os agentes e destes com comunidades virtuais, provimento de conteúdos e informações, integração de sistemas de mensagens, suporte para vídeoconferência, sistemas para gerenciamento de eventos, projetos e pendências, entre muitas outras, em um único ambiente.

Qualquer ganho de eficiência em uma operação complexa como são os mega eventos, e tratando de investimentos tão elevados como os previstos, resulta em economias substanciais de custos e encurtamento de prazos que, por sua vez, aumentam ainda mais as economias.