Imagine um mundo onde a logística é tão precisa e integrada que você consegue prever demandas, otimizar estoques, reduzir custos e melhorar a experiência do consumidor com apenas alguns cliques. Parece ficção científica, não é mesmo? Pois saiba que isso já é realidade, como demonstrado na NRF Retail’s Big Show 2025, o maior evento do varejo global.
A seguir, vou trazer insights valiosos da feira da NRF e das principais listas de tendências do mercado. E, ainda, vou mostrar na prática como a junção de logística e inteligência artificial (IA) pode transformar sua estratégia de negócios.
Destaques NRF: inovações de IA para logística
A revolução provocada pela IA no varejo foi o centro das atenções da NRF 2025. Entre os destaques, a utilização de gêmeos digitais na logística chamou a atenção. Essa tecnologia permite simular ambientes de centros de distribuição para prever demandas, otimizar estoques e ajustar layouts de forma ágil e eficiente. Empresas como Amazon e Walmart já estão aplicando esses conceitos, demonstrando o poder da combinação entre dados integrados e IA.
Outra inovação apresentada foi o “Store Companion”, ferramenta que utiliza IA generativa e visão computacional para gerenciar estoques em tempo real. Por meio de uma simples foto da prateleira, é possível identificar itens fora de lugar, estoques baixos ou substituições necessárias, acelerando o reabastecimento e melhorando a eficiência operacional.
Tendências que vão unir logística e IA
A NRF também divulgou uma lista de 25 tendências para 2025, reafirmando a importância da IA no futuro da logística. Entre os destaques, estão:
IA generativa: compreender o comportamento do consumidor, analisar compras anteriores e interpretar sinais sociais serão mais fáceis com o uso de IA. Isso permitirá que os varejistas tenham os estoques sempre abastecidos, antecipando as necessidades dos consumidores e, consequentemente, aumentando a satisfação e a fidelidade.
Operações autônomas e adaptáveis: a automação em armazéns e a utilização de tecnologias, como blockchain, aumentarão a rastreabilidade e a transparência, tornando as operações adaptáveis, seguras e com custos reduzidos.
Logística e IA: uma dupla que se consolida
De acordo com o relatório “The Future of the Last-Mile Ecosystem”, do World Economic Forum, as entregas automatizadas representarão cerca de 20% das operações logísticas globais em 2025. Já a pesquisa da McKinsey aponta que empresas de logística gerarão entre US$ 1,3 e US$ 2 bilhões anuais nos próximos 20 anos graças à adoção de IA.
Esses dados refletem a velocidade com que as tecnologias de big data e IA estão sendo integradas ao setor. E, ainda, espelham a necessidade de o mercado se adequar às inovações.
Partindo para a aplicação prática de IA na logística
Na prática, a inteligência artificial, por si só, não basta para fazer a logística ir além e alcançar a inovação. Para isso, é preciso primeiro que os dados de toda a operação estejam agrupados e acurados da maneira certa.
É aí que entram ferramentas como o painel de Business Intelligence (BI). Com ele, é possível analisar os produtos mais vendidos por período e prever necessidades futuras. Essa previsibilidade é essencial para datas sazonais ou picos de vendas, em que um estoque bem planejado faz toda a diferença.
Além disso, há outras soluções que permitem o monitoramento em tempo real das entregas, como é o caso dos dashboards que proporcionam uma operação data-driven. Isso inclui algoritmos de IA que otimizam o reabastecimento e a distribuição de produtos entre centros de distribuição e lojas, equilibrando estoques conforme a demanda local.
O futuro da logística é agora!
Unir logística e IA não é mais uma opção, mas uma necessidade para empresas que desejam se manter competitivas. A capacidade de integrar dados, prever cenários e agir com agilidade é um diferencial que pode transformar toda a operação.
A NRF 2025 mostrou que o futuro já chegou. Resta a nós, profissionais do setor, aproveitarmos essa onda de inovação para entregar soluções cada vez mais eficientes e alinhadas à experiência do cliente, que, no fim, é o que mais importa para o sucesso do varejo.