O Dia das Mães sempre me emociona. Como mãe, me tocam os desenhos, os abraços apertados, os cafés da manhã improvisados. Como executiva de e-commerce, vejo outra realidade: a movimentação intensa que essa data gera no consumo e o tamanho da oportunidade que ela traz.

E o impacto não é só aqui no Brasil, onde o e-commerce cresceu 14,53% no último Dias das Mães (ABComm), é na América Latina como um todo. Em 2024, as vendas online nessa data comercial cresceram 8% no México (MarketingHoy) e 25% na Argentina (Tiendanube) – onde a comemoração ocorre em outubro.
Este ano, o cenário também fala por si: o Dia das Mães 2025 deve movimentar R$ 9,71 bilhões no e-commerce brasileiro, segundo a ABComm – um salto de 14,5% sobre 2024. São mais de 16 milhões de pedidos previstos e ticket médio de R$ 579. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que o comércio eletrônico vai representar 35% do volume total de vendas da data, com 75% dessas compras feitas por smartphones. O consumidor estará, literalmente, na palma da sua mão.
Mas o que sua marca está fazendo para conversar com ele?
Se o dado aponta o caminho, a empatia é o que gera lembrança
Segundo a pesquisa Globo, 71% dos brasileiros vão presentear alguém no Dia das Mães. E 40% planejam comprar mais de um presente… mães, sogras, avós, companheiras.
Aqui está a oportunidade para criar estratégias de upsell, kits personalizados, experiências completas – não apenas vender produtos.
Mais desejados? Perfumes, roupas e chocolates. Mas o dado mais potente não está na lista de produtos:
– 30% das mães querem uma viagem;
– 60% querem ajuda com a casa;
– 50% sonham em não precisar cozinhar.
As mães não querem só objetos. Querem tempo, respiro e experiências. É essa camada que diferencia marcas comuns de marcas que emocionam.
Como transformar dados em venda e venda em conexão?
– Kits presenteáveis: não venda apenas produtos, venda a solução pronta;
– Vídeos curtos com histórias de mães reais: autenticidade vende mais do que filtros;
– Ofertas com prazo curto e limitado: gere urgência sem apelar;
– Benefícios claros que impulsionam a compra: cashback, frete grátis, cupons inteligentes;
– Parcerias locais: influenciadoras que geram identificação de verdade;
– Facilidade na jornada: Pix, parcelamento e vale-presente reduz a fricção.
E o mais importante: antecipe suas estratégias de vendas! Digo isso porque 35% dos consumidores decidem suas compras até 15 dias antes do segundo domingo de maio. Então, está mais do que na hora de colocar tudo em prática.
A grande pergunta que toda marca deveria fazer: se você fosse o consumidor, compraria de você?
Quando penso no Dia das Mães, penso com dois olhares: o da mãe e o da executiva. Sei o que me emociona. Sei o que me faria lembrar de uma marca.
Não é apenas sobre preço. É sobre presença. Sobre entender, antes de vender.
Neste Dia das Mães, minha provocação é simples: use os dados como farol. Use a empatia como bússola. Venda mais, sim. Mas construa também memórias que duram além da data. Quem consegue fazer isso não vende só em maio. Conquista para o ano inteiro.