Muitos lojistas têm visto no marketplace uma excelente oportunidade para potencializar suas vendas. Isso é justificável, já que os sellers – termo utilizado para descrever os vendedores que estão no marketplace – expõem seus produtos em alguns dos sites com maior número de acessos do país. Americanas.com e Submarino são exemplos de lojas virtuais que operam nesse modelo.
Em termos globais, os números deixam claro como o conceito de marketplace tem se consolidado nos últimos anos. O Alibaba, por exemplo, tem mais de 7 milhões de lojistas vendendo em seu site, com um total de 800 milhões de produtos cadastrados. Já a Amazon, que possui mais de 300 milhões de produtos cadastrados, tem no marketplace algo próximo a 80% de seu portfólio. Embora seja positivo para as marcas, existe uma dúvida sobre quais devem ser os passos e procedimentos para entrar nesse mercado – o que é muito simples.
1) Definição do marketplace
É fundamental saber onde vender seu produto, para isso, se faz necessário conhecer o cliente e entender onde ele pode ser impactado. Isso é fundamental, afinal, existem diferentes players operando seus marketplaces. Temos, por exemplo, as lojas da B2W (como o Submarino e Americanas.com), a Cnova, o Walmart, o Mercado Livre e outras.
É legal ressaltar que cada marketplace tem um nicho e público alvo. Por exemplo, o Submarino vende mais eletrônicos, já a Casas Bahia comercializa mais móveis. É importante estar em todos, mas cada marca tem aderência diferente com o público.
Em muitos casos, a estratégia mais acertada será investir em mais de um marketplace, e conseguir alcançar seu cliente, independentemente de onde ele estiver. Nesse processo de definição é necessário adotar alguns cuidados básicos como, por exemplo, entender como as marcas são reconhecidas pelos consumidores.
Uma boa forma de medir isso é por meio do reconhecimento de referências no mercado, como E-bit e Reclame Aqui – empresas premiadas tendem a ser mais atrativas ao cliente. Também é preciso identificar se a loja investe em segurança e possui certificado SSL e selos de segurança, como o da Site Blindado.
Outra informação importante que deve ser levantada nesse estágio é a comissão cobrada pelo marketplace. Verifique se ela é viável dentro da precificação que sua loja tem adotado – vale destacar que nesse modelo você não tem custo de setup, marketing ou tecnologia, tudo isso é de responsabilidade do próprio e-commerce que abre espaço para os sellers.
Ao final desse processo, o lojista deve ter uma ideia de em quais marketpalces deve vender seus produtos.
2) Documentação e regras
Não existem regras únicas, adotadas por todos os marketplace, e cada um deles adota o seu próprio modelo, mas no todo eles tem regras próximas. Pede-se, por exemplo que o e-commerce tenha um tempo mínimo de operação, avaliação em empresas como E-bit, além do registro formal, o que envolve inscrições estaduais e CNPJ. O processo é bem simples, e depois de encaminhar as informações para aprovação do cadastro – e o processo de aprovação não costuma demorar – você poderá vender nos marketplaces escolhidos.
Dica 1: a principal forma de entender como é o processo em cada marketplace é justamente entrar em contato com eles, por e-mail, telefone ou em eventos. O Fórum E-commerce Brasil, por exemplo, reúne alguns dos principais fornecedores do setor e é uma ótima oportunidade para aprender mais sobre o assunto marketplace.
Dica 2: Uma outra maneira de facilitar a entrada nos marketplaces é entrar em contato com o seu integrador e solicitar que ele te assessore em todo a trâmite burocrático. A proximidade que eles mantém com estes canais de vendas pode ser bem benéfica.
3) Integração
Após a aprovação da presença de sua loja virtual, será interessante, para ganhar agilidade, fazer a integração dos produtos de seu ERP ou plataforma. Para isso, os marketplaces oferecem integrações para que seu time técnico consiga inserir todos os produtos na plataforma. Geralmente precisará subir o XML do site em cada um dos players que for vender seus produtos, além de fazer a gestão separada em cada um deles.
Uma forma de facilitar esse trabalho é contratando os serviços de integradores de marketplace, como a SkyHub, por exemplo. Com os integradores, será possível, dentre outras coisas, trabalhar com o mesmo estoque e atualizações para todos os marketplaces, sem precisar subir ou alterar itens de seu portfólio de forma manual no dashboard do seller – para cada marketplace. Eles tem como foco facilitar a gestão da loja em diferentes marketplaces, o que permite que ações feitas para determinado player sejam replicadas para o(s) outro(s). Trata-se de um investimento baixo com potencial de alto retorno.
Com esses passos, garantir a presença de sua loja virtual nas principais marcas do Brasil será algo fácil e a possibilidade de aumentar as vendas, muito grande.