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Aprendendo com a curva de retenção da Temu: grupo entre 55 e 64 anos é o que mais compra na plataforma

Por: Renato Mendes

Co-founder da 4Equity Media Ventures

Co-founder da 4Equity Media Ventures, mentor Scale Up da Endeavor Brasil e autor do best-seller “Mude ou morra: Tudo o que você precisa saber para fazer crescer seu negócio e sua carreira na nova economia”. Com mais de 15 anos de trajetória profissional, foi o executivo que liderou a Netshoes na América Latina.

Tentando agregar algo a essa discussão trazida pelo craque Rodrigo Fernandes sobre a curva de retenção de varejistas online nos EUA, encontrei um insight bacana sobre a estratégia de marketing da Temu.

O que todo mundo sabe sobre a Temu é que sua estratégia de crescimento é fruto de um duo bastante comum de preços baixos e investimento pesado em social media e influencers. Isso lhe rendeu um crescimento de audiência (92MM de visitantes únicos no mês) e de GMV bastante acelerados (USD 3bi em 2023).

O que menos gente sabe é que a Temu tem um tempo médio de permanência no app superior a maior parte de seus pares. São 22 minutos por dia, contra 12 minutos na Shein e 11 minutos na Amazon. Toda sua experiência de compra é gamificada e foco em produtos com apelo e preços baixos.

O que quase ninguém sabe é que, ao olhar a quebra de sua alocação de mídia, você descobre que 76% do gasto em publicidade da Temu vai para social media, sendo praticamente metade disso no Facebook. Não falei Meta, falei Facebook.

Por que isso importa? Porque a geração X e Baby Boomers são os segmentos de audiência que mais compram na plataforma. Proporcionalmente, o grupo entre 55 e 64 anos é o que mais compra na Temu e consumidores com 59 anos ou mais foram os mais fiéis.

Compradores da Geração Z fizeram em média 2,6 pedidos em 2023. Os millennials 3,3. A Geração X 4,5. E os baby boomers compraram impressionantes 5,6 vezes no ano. Isso significa que a frequência de compra cresce à medida que a idade avança! Entre as pessoas que compraram no Temu, o boomer médio fez o dobro de pedidos em comparação com o comprador médio da Geração Z.

É claro que em valores absolutos os jovens trazem mais venda, mas seria esse o segredo por trás desse gráfico?