Cada vez mais, o mundo como conhecemos deixará de ser físico para torna-se digital. A ávida transformação digital, da qual tanto falamos, ficou ainda mais evidente em decorrência da pandemia da Covid-19. Em isolamento social, a sociedade se viu forçada a se adaptar, rapidamente, a ferramentas digitais, quase em sua totalidade, hospedadas em cloud.
Tornou-se consenso que nossos maiores aliados são as tecnologias emergentes. Por este motivo, as empresas digitais, nascidas de um ambiente ágil e em nuvem, têm tido ampla vantagem em relação às empresas tradicionais, devido à cultura de inovação, flexibilidade e escalabilidade.
Um estudo da Bain & Company mostrou que a maioria das organizações gasta até 80% de seus recursos na manutenção de ambientes legados, em vez de se concentrar em projetos inovadores para momentos como este. Já a pesquisa Global CIOs 2018-2019, realizada pela Deloitte, constata que 40% dos CIOs apontam ter foco em tecnologias emergentes. Contudo, apenas 19% dos seus orçamentos são destinados à inovação, cujo o foco dos CIOs reside justamente na transformação digital.
Neste contexto, elencamos cinco principais desafios enfrentados pelos CIOs durante o isolamento social em diferentes partes do mundo, mas principalmente no mercado brasileiro:
Manter a continuidade dos negócios
A Covid-19 forçou organizações em quase todos os setores a alterar a forma como entregam produtos e serviços. O segmento de educação, por exemplo, teve de fechar instalações e mudar as aulas para a modalidade de ensino a distância.
Toda essa mudança, sem planejamento prévio, significou novos desafios em conectividade, segurança, disponibilidade e gerenciamento para a TI — que precisou responder à demanda rapidamente para garantir que a organização permanecesse produtiva.
Treinar e reciclar usuários
Poucos estavam preparados para as mudanças drásticas que ocorreram, incluindo a necessidade de trabalhar em diferentes: ambientes, dispositivos e circunstâncias. Neste contexto, coube a TI o desafio de treinar e auxiliar os usuários para operar os dispositivos, conectar-se aos sistemas remotamente e usar videoconferência de maneira correta e segura, entre outros.
Gestão da equipe de TI remota
Governança nunca foi tão importante e os líderes devem definir expectativas claras para o time referente às tarefas, prioridades e gerenciamento do tempo. Uma parte importante da operação da equipe de TI remota é estabelecer, por exemplo, um protocolo de comunicações. Uma estratégia é criar uma reunião de sincronização diária com o time para delegar tarefas, falar sobre as necessidades imediatas e planejar com antecedência a pós-pandemia.
O gestor de TI também deve observar a exaustão da equipe. A situação está se mostrando muito estressante por um período prolongado e isso é preciso ser levado em consideração nas decisões. E motivar a equipe é de vital importância, seja por meio de elogios em uma reunião de equipe ou um e-mail de agradecimento, devido ao constante comprometimento.
Permanecer proativo, mesmo no modo reativo
Nestes momentos de crise, o movimento natural é se manter reativo à medida que surgem as demandas, que devem ser tratadas em tempo real. Mas a TI deve permanecer proativa para ajudar a manter a organização funcionando e bem posicionada para dar continuidade aos negócios. O desafio é ter ações reativas rápidas e eficazes, ao mesmo tempo em que proativamente se planeja como inovar após esse período.