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Varejo deverá faturar R$ 2,16 bilhões com a Páscoa de 2022, aponta CNC

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

A Páscoa de 2022 deve ser um pouco melhor para o varejo do que a do ano passado. De acordo com a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas no setor voltadas para a data deverão totalizar R$ 2,16 bilhões este ano, representando um aumento de 1,9% em comparação a 2021. Ainda assim, caso seja confirmada a previsão, o resultado ficará 5,7% abaixo do alcançado antes do início da pandemia de covid-19, em 2019 (R$ 2,29 bilhões).

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Por se concentrar basicamente na venda de produtos alimentícios, o desempenho do varejo recuou significativamente com a queda no fluxo de consumidores durante as duas primeiras ondas da pandemia, especialmente em 2020.

Ainda segundo a análise, a valorização do real viabilizou o aumento do volume de importação de chocolates, que avançou 8% (1,43 mil toneladas) em relação ao ano passado. A taxa de câmbio do produto mais consumido na data (que há poucos dias estava em 5,70 R$/US$) atualmente está próxima dos 5,00 R$/US$, um recuo de mais de 12%.

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O número ainda está aquém das 1,87 mil toneladas de chocolates importadas em 2019, antes da pandemia. Entretanto, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia o avanço como positivo. “O volume de importação de produtos típicos costuma ser um importante indicativo da expectativa do varejo para a data. Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada”.

Menos bacalhau e itens mais caros

Outro item muito procurado nos dias que antecedem a Páscoa, o bacalhau, por outro lado, teve retração de 17% no volume de importações. Para o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, o recuo é uma estratégia do varejo. “É um indício de que o setor está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, avalia.

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A cesta de bens e serviços composta por oito itens revela que praticamente todos deverão estar mais caros que na Páscoa passada. Na média, para um IPCA-15 na casa de 10,5%, os itens relacionados a essa data deverão estar 7,0% mais caros que no mesmo período de 2021 — maior alta desde 2016 (+10,3%). Bolos e azeite de oliva apresentam uma tendência de variação de +15,1% e +12,6% nos últimos doze meses.

Ainda assim, a cesta de bens e serviços, composta por oito itens tipicamente consumidos durante a celebração, deverá ficar 7,0% mais cara do que no mesmo período de 2021 (na média, para um IPCA-15 na casa de 10,5%), representando a maior alta desde 2016, quando a variação foi de +10,3%. Entre os produtos, bolos e azeite de oliva se destacam, tendo apresentado tendência de avanço de 15,1% e 12,6%, respectivamente, nos últimos 12 meses. “O reajuste da cotação de commodities, como o trigo, tende a afetar o preço de alguns alimentos, entre eles alguns típicos da Páscoa”, lembra o economista da CNC.

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