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Varejistas norte-americanos perdem US$ 2,3 a cada US$ 1 de transações fraudulentas

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Estudo encomendado pela LexisNexis Risk Solutions e realizado pela Javelin Strategy & Research, mostra que o prejuízo com fraudes em sites de e-commerce estão diminuindo nos EUA. No entanto, os fraudadores estão cada vez mais se voltado para os dispositivos móveis e métodos alternativos de pagamentos (como Paypal e Google Checkout), o que coloca em alerta empresários, consumidores e profissionais de segurança do setor.

O novo trabalho, intitulado como “LexisNexis True Cost of Fraud”, objetiva quantificar as perdas totais dos varejistas com fraudes reconhecidas em suas transações, resultantes de despesas tais como substituição e redistribuição de bens perdidos ou roubados, perdas judiciais com transações no qual a empresa foi responsabilizada e demais taxas e juros que acabam por pagar para instituições financeiras como resultado da fraude.

Os dados do estudo foram coletados a partir de 1,006 entrevistas online com executivos especializados no controle de fraudes de empresas dos mais diversos tamanhos e segmentos. O seu indicador chamado de multiplicador de fraude ficou em 2,3, o que significa que os comerciantes pagam US$ 2,3 a cada US$ 1 de transações fraudulentas. No ano passado, este índice ficou em 3,0, e sua queda foi fruto do aumento total das vendas do varejo combinados com diminuição no número de fraudes relatadas por instituições financeiras, comerciantes e consumidores.

Os setores do varejo com o maior índice do multiplicador de fraudes foi o de brinquedos e produtos de hobbies, com um índice de 3,4, seguido por hardware e utilidades domésticas, com 3,3. Ambos os setores tem grande incidência de produtos falsificados que os criminosos podem rapidamente transformar em dinheiro.

Os entrevistados afirmaram que 27% de suas transações fraudulentas reportadas foram originárias de métodos alternativos de pagamento, contra 20% de 2010.  Enquanto isso, um grande número de pequenos comerciantes está passando a aceitar estes métodos de pagamentos: 31% estão aceitando o PayPal, 5% o Google Checkout e 4% demais métodos alternativos. No entanto, varejistas de pequeno porte são mais propensos a sofrerem perdas com fraudes no uso destes métodos de pagamento: 31% dos pequenos comerciantes entrevistados afirmaram ter tido perdas com fraudes no uso destes meios de pagamento, contra 15% das empresas de grande porte.

Este diferencial é em grande parte resultado do aumento no número de pequenas empresas que oferecem estes métodos alternativos e de consumidores a utilizá-los, mas os vendedores ainda têm dificuldades em identificar as transações fraudulentas oriundas destes novos canais.

Apenas 4% dos comerciantes entrevistados aceitam pagamentos móveis, contra 1% verificados em 2010. Conforme se desenvolvem as possibilidades oferecidas por estes novos métodos, as fraudes devem continuar a subir. Dentre os participantes do estudo, apenas 21% consideram os métodos móveis de pagamento sem contato (Near Fieldcommunication, ou NFC) como livres de risco, a menor pontuação obtida dentre as opções móveis de pagamento, que incluem além da já referida a cobrança via telefone móvel, mensagem de texto, aplicativos móveis e navegador para aparelhos móveis.