Medidas de distanciamento social deram impulso às vendas de varejistas online. Isolados em casa, consumidores têm feito pedidos de tudo: entrega de comida por restaurantes, flores e bebidas. O Reino Unido segue outros países com a reabertura de lojas não essenciais, mas empresas de comércio eletrônico apostam que a migração para a internet veio para ficar.
Clientes que antes relutavam em fazer compras online não tiveram alternativa depois que lojas e restaurantes foram fechados em março para conter a pandemia.
As vendas online foram responsáveis por 33,4% de todas as vendas do varejo ocorridas no país em maio, segundo dados divulgados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais na sexta-feira (19). O número é um recorde para o segmento no Reino Unido.
Online como hábito
Parte do volume deve permanecer, potencialmente em detrimento das lojas físicas que já enfrentavam dificuldades, pois um número cada vez maior de clientes preferem comprar online. Consumidores de maior faixa etária, que tentam minimizar a exposição à Covid-19 evitando multidões, a continuidade do trabalho remoto e aversão a longas filas devem manter o ritmo de vendas.
“Há um aumento do número de pessoas que compram online pela primeira vez e, considerando que elas tendem a ter mais idade, que correm mais riscos com a Covid e, portanto, têm maior probabilidade de evitar lugares cheios” podem continuar preferindo comprar online no longo prazo, disse Andy Mulcahy, diretor de estratégia da associação IMRG.
Segundo Mulcahy, o problema para varejistas de lojas físicas é que muitas enfrentavam problemas para equilibrar finanças de qualquer forma, e a Covid acelerou uma mudança que acontecia lentamente.
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