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PicPay começa a oferecer criptomoedas e projeta 3 mi de usuários em 12 meses

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O PicPay liberou para uma parcela dos clientes a compra e venda de bitcoin, ethereum e a stablecoin USDP, funcionalidade que havia sido anunciada em julho. Segundo o banco digital, a expectativa é que em quatro semanas toda a base de clientes, que passa dos 30 milhões, tenha o serviço disponível.

Como é comum em novas ferramentas digitais, a exchange — como as corretoras que negociam criptoativos são conhecidas — vai chegar gradualmente aos usuários. Nas últimas três semanas, o serviço rodou para funcionários do PicPay, para que problemas de interface e usabilidade fossem identificados e corrigidos.

A empresa quer chegar a 3 milhões de clientes na plataforma cripto em 12 meses, de acordo com Bruno Gregory, executivo responsável pela unidade de negócios de Cripto e Web3 do PicPay.

Os clientes poderão negociar a partir de R$ 1 dentro do aplicativo. As taxas aplicadas inicialmente serão de 1,5% a 10%, e não será feita uma avaliação de perfil de risco dos usuários para a compra dos ativos. Ainda este ano, o saldo cripto poderá ser usado para pagamentos e transferências, nos planos da empresa.

“Não entendemos cripto como investimento. Para nós, cripto e Web3 vão muito além do que especulação e veículos de investimento. A exchange vem para trazer acesso a cripto, mas este é o primeiro passo para pessoas entrar neste mundo”, afirma Gregory.

A operação conta com a estrutura da Paxos, que fornece a tecnologia para negociação e custódia dos ativos. A empresa também é parceira do Mercado Pago, que em dezembro passou a oferecer cripto em sua plataforma. A americana Paxos é também a responsável pela stablecoin USDP, que tem o valor atrelado ao dólar.

Além disso, o PicPay investe no desenvolvimento da Brazilian Real Coin (BRC), uma stablecoin pareada ao real. A previsão é que ainda este ano o lançamento seja anunciado. O projeto é paralelo ao da exchange, já que a ideia do PicPay é listar o ativo nas principais corretoras cripto globais.

A empresa não informa detalhes da estruturação, mas Gregory adianta que o ativo será emitido com base em um lastro real na moeda brasileira — ou seja, o número de BRCs lançados terá correspondência em um montante depositado para assegurar a paridade.

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Fonte: Broadcast Estadão