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Mais de 86% dos lojistas pretendem incentivar meio de pagamento específico na Black Friday

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

A maior data do varejo se aproxima e, apesar dos desafios que a edição deste ano enfrenta, como a alta inflação e até mesmo o fato de acontecer na semana de estreia do Brasil na Copa do Mundo, a expectativa para a Black Friday é de que o consumo se aqueça com as ofertas: 50% dos consumidores pretendem aproveitar as promoções da data, avanço de 3% sobre 2021.

A fim de entender o cenário para 2022, considerando a perspectiva dos lojistas em relação à preparação, estratégia e desafios, a Provu, fintech de meio de pagamento e crédito pessoal, fez uma pesquisa com varejistas de sua base. 

O levantamento, realizado em setembro, mostrou que 86,7% dos lojistas entrevistados vão participar da Black Friday 2022. Dessa parcela, 86,2% pretendem incentivar o uso de algum meio de pagamento específico na data: 51,8% vão focar em boleto parcelado ou Pix parcelado, seguido por 23,2% em cartão de crédito parcelado, e os demais em dinheiro (7,1%), Pix (7,1%), boleto à vista (3,6%), carteiras digitais (1,8%), cartão de crédito à vista (1,8%) e cartão de débito (1,8%).

A preferência por meios de pagamento a prazo, que geralmente não trazem taxas para os lojistas e ainda são um atrativo para o consumidor, chama atenção e vai ao encontro da necessidade de uma parcela relevante de brasileiros. Uma pesquisa anterior da Provu mostrou que 60% dos entrevistados optaram por boleto parcelado (ou crediário digital) por não possuírem cartão ou limite para compras de maior ticket médio. Tendo em vista que o limite médio do cartão no país é R$ 1400 e a Black Friday é um momento para adquirir produtos de valor mais alto, é fato que alternativas que permitam parcelar sem cartão são um atrativo no checkout para evitar abandono de carrinho. 

O boleto parcelado, também conhecido como BNPL (Buy Now Pay Later ou Compre Agora, Pague Depois) tem as características de um crediário, porém adaptado para o digital, e se consolida cada vez mais no mercado brasileiro. Segundo estimativa da consultoria GMattos, o meio de pagamento tem potencial de mercado de R$ 80 bilhões/ano somente no Brasil.

Em um período do varejo como a Black Friday, desafiador em diferentes esferas – margem para desconto, valor de frete, segurança, entre outros -, diversificar as formas de pagamento a fim de atender um número maior de consumidores é fundamental para o bom faturamento na data. Quando se trata de soluções já familiares aos brasileiros, como o crediário, e que não trazem custos extras ao lojista ou gestão de inadimplência, adotá-las na preparação da Black Friday é estratégico.

Falando em meios de pagamento, ainda segundo dados da pesquisa da Provu, 30,8% dos varejistas informaram que este é o maior desafio da Black Friday deste ano, atrás apenas de marketing e divulgação, selecionado por 43,1%. Lojistas ainda afirmaram que os principais desafios são estratégia de venda (12,3%), precificação (6,2%), estoque (4,6%), experiência do consumidor (1,5%) e tecnologia/sistema antifraude (1,5%).

Essa percepção também pode estar relacionada à edição do ano passado. Quando questionados sobre os aprendizados e desafios da Black Friday 2021, 23,1% responderam a ‘nenhum/não participei da Black Friday em 2021’, no entanto, 21,5% citaram pagamentos, seguido por divulgação (18,5%) e estoque (15,4%).

Faltando menos de três meses para a Black Friday, esse é o momento crucial para planejar as estratégias que impulsionam as vendas do seu negócio como também evitam fricções na jornada do consumidor. Fica a reflexão: como o seu negócio lida e supera esses desafios elencados e pode saná-los até o esperado 25 de novembro?