O Brasil tem hoje mais de 26 milhões de idosos. Mas quem pensa que são vovôs e vovós como antigamente, está muito enganado. Eles, definitivamente, já não são mais como antes. São mais ativos e conectados. Trabalham, mesmo após a aposentadoria, e utilizam ferramentas digitais, como sites de comércio on-line e programas de fidelidade, para fazer o tempo e a vida render mais. Laerte Machado, de 66 anos, é um exemplo:
“Só não faço compras no supermercado pelo computador. De resto, compro tudo pela internet. Acho rápido e posso comparar os preços e comprar o que estiver com o melhor custo-benefício, além de ganhar Dotz para trocar por novos produtos depois”, diz o aposentado.
Ele é um dos 520 mil clientes mais ativos com 65 anos ou mais da Dotz, maior empresa de fidelização do varejo brasileiro. O programa fez um levantamento a fim de apresentar um raio-x do comportamento desse público. Os dados mostram que os idosos cariocas saem na frente quando o assunto é comércio on-line: 14% desses 520 mil usuários são da cidade maravilhosa, seguidos por Campinas (11%), Santa Catarina (10%) e Belo Horizonte (9%).
“De 2010 a 2016, houve um aumento de 1.800% no número de clientes dessa faixa etária. Os idosos não só ganham e fazem negócios com a ‘moeda’ virtual como, em 40% das vezes, também preferem o ambiente digital para trocar os Dotz por produtos ou serviços. E o tíquete médio desse grupo, ao fazer compras on-line, também se destaca: é de R$ 548,99, 10% acima da média dos clientes de outras faixas etárias”, revela Leandro Torres, Diretor Regional da Dotz no Rio de Janeiro.
A participação tão expressiva de idosos no comércio on-line é reflexo de outro fenômeno também recente: a permanência e/ou retorno de pessoas com mais de 60 anos ao mercado de trabalho, após a aposentadoria. De acordo com pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mais de um terço da população com mais de 60 anos que está aposentada, se mantém ou retorna ao mercado de trabalho.