Até o dia 22 de fevereiro, ao fazer uma pesquisa no Google via desktop e tablet, o usuário encontrava a seguinte situação: três anúncios pagos antes da lista de busca orgânica do lado esquerdo, e outros anúncios pagos do lado direito.
O buscador, no entanto, promoveu mudanças no seu SERP (Search Engine Results Page), padronizando o formato dos resultados em desktops e tablets com o formato exibido nos dispositivos móveis. Desta forma, agora, quatro anúncios pagos são exibidos em uma única lista do lado esquerdo, antes dos resultados de busca orgânica.
Se, por um lado, o usuário ganha uma busca mais intuitiva e parecida com o device, por outro os anunciantes precisam readaptar suas verbas para o novo formato, explica Gustavo Macedo, diretor de BI e SEO da iProspect, marca de performance da Dentsu Aegis Network.
Macedo explica que o Google acredita que vai dar aos anunciantes uma taxa de conversão maior, mas ele avalia que o custo por clique de quem compra o espaço vai aumentar para determinar qual dos quatro links patrocinados ficará no topo. Os maiores prejudicados são os anunciantes menores, que não terão verbas para disputar espaço com os grandes.
“Para as agências, os serviços ofertados precisam ser mais funcionais e o trabalho de SEO terá de cobrir o alto custo da compra de palavra-chave. Afinal, apenas o primeiro resultado orgânico vai aparecer na primeira dobra da página, reduzindo o espaço de destaque”, analisa Macedo.
Para o usuário final, a busca pode ser desestimulada, pois os resultados realmente relevantes vão ficar na parte de baixo da tela. O uso de adblocks para desktops também pode aumentar. “A relevância do Google na vida do usuário pode começar a ser questionada, porque ele vai ter dificuldade em encontrar os resultados orgânicos”.
O que não muda, explica Macedo, são os anúncios do Google Shopping e o Knowledge Graph, que continuam localizados na parte direita. Para o buscador, explica o CEO, o negócio fica mais rentável, revertendo a perda de receita com desktop quando os usuários migram para o mobile. O Google foi procurado pelo PROPMARK, mas não se pronunciou.
“Pode existir um movimento ainda mais forte para a mídia programática, pois são bem assertivas e diretas. O Facebook é uma opção altamente segmentada e dá uma grande abrangência ao anúncio. Vale, a partir de agora, observar os resultados dessas mudanças e avaliar o que é melhor para cada cliente”, observa Macedo.
Fonte: Propmark