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Empresas que atuam na zona rural chinesa ainda se adaptam ao e-commerce

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Empresas chinesas de e-commerce que estão se expandindo para regiões rurais impulsionam suas vendas para fazendeiros chineses, mas algumas ainda estão tentando se adaptar ao modelo de vendas online, segundo informações do jornal Guangzhou’s Southern Metropolis Daily.

A cidade de Qingyuan na província de Guangdong, por exemplo, se destacou no ano passado quando vendeu 8,57 milhões de frangos em Novembro durante as megas promoções anuais do Singles Day do Alibaba.

Cinco meses depois, no entanto, 70% dos pedidos feitos em novembro ainda não haviam sido entregues e a filial da empresa que está gerenciando as vendas online em Qingnong disse que o processo ainda vai demorar mais seis meses antes que todos os consumidores recebam os produtos que foram comprados.

O vice-presidente da filial em Qingnong, Chen Baifang, informou que a experiência vivida na operação de e-commerce mostrou que a principal dificuldade no desenvolvimento da distribuição online da produção é a falta de fornecedores e não de vendas.

Uma empresa cooperativa de fazendeiros no interior de Qingyuan’s Yangshan disse ao jornal que as vendas da produção local aumentaram cerca de 20 milhões de yuan (US$ 3,33 milhões) desde que as operações online começaram em Novembro.

A cooperativa disse que os fazendeiros também viram os preços de sua produção aumentarem, graças à distribuição online. O preço do frango de Yangshan, por exemplo teve um aumento de 50 yuan (US$8,04) por quilo para 60 yuan (US$9.65), segundo o líder da cooperativa, Chen Weijian.

Além do surgimento das vendas online na produção local de Qingyuan, o case também reflete a competitividade entre os dois principais operadores de e-commerce no país, Alibaba e Jingdong Mall (JD.com) no mercado rural chinês.

O Alibaba anunciou no ano passado um plano de 10 bilhões de yuan (US$1,60 bilhões) para instalar cerca de 1.000 centros locais de serviço através do país e 100.000 pontos de serviço nos vilarejos nos próximos três ou cinco anos, aponta o jornal. O Jingdong Mall também anunciou uma lista de medidas de expansão nas áreas-estratégicas chinesas este ano.

Com informações de: Want China Times