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E-Commerce representa um terço das transações no Brasil

Por: Emily Figueiredo

é gestora de conteúdo e redes sociais no Grupo iMasters

De acordo com 13ª edição da Pesquisa FGV-EAESP, divulgada ontem pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, o comércio eletrônico, em 2010, registrou quase um terço (33,02%) de todas as transações entre varejo e consumidores. Naquelas realizadas entre empresas, esse índice foi de quase dois terços do total, chegando a 65,25%.

Para a FGV, os resultados são significativos devido ao pouco tempo de existência do comércio eletrônico no país, e a tendência para o setor é de crescimento nos próximos anos, principalmente apoiado pelo aquecimento da economia. Entretanto, esse crescimento tende a ser moderado a partir de agora, já que as empresas que atuam no setor ainda esperam mais retorno dos investimentos feitos nos últimos anos.

Segundo as empresas participantes, não houve aumento significativo de seus gastos e aplicações em comércio eletrônico. Na média, apenas 1,53% da receita líquida teve esse destino. Na indústria, essa proporção foi de 0,48%, no comércio 1,44% e de 2,21% no setor de serviços. No geral, esse investimento foi feito de forma mais ampla, objetivando não só o consumidor final, mas também os processos de negócio das próprias empresas.

O levantamento revelou que a utilização de aplicações em comércio eletrônico para integração entre empresas e fornecedores já chegou a 72% dos entrevistados no setor de comércio. Na integração com clientes, esse índice foi de 82%. Os principais processos utilizados têm como foco recebimento de pedidos, suporte a utilização e divulgação de informações.

Apesar de portais para comércio eletrônico, e-mail marketing e troca eletrônica de dados serem as aplicações tradicionalmente mais usadas pelas empresas, a pesquisa detectou o surgimento de formas “mais inovadoras”, como as redes sociais.

Para as empresas, os aspectos mais importantes na utilização do comércio eletrônico são relacionamento com clientes, privacidade e segurança, além de adoção de clientes e alinhamento estratégico.

Segundo o estudo da FGV, as empresas estão utilizando o comércio eletrônico de forma mais abrangente, incluindo no processo o relacionamento externo com os clientes e com os fornecedores.

A pesquisa foi feita pelo professor Alberto Luiz Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (GVcia) e do Programa de Excelência em Negócios da Era Digital (NED), e avaliou 470 empresas de vários tamanhos, setores e ramos de atividade, nacionais ou multinacionais que operam no mercado brasileiro e que atuam em algum nível no ambiente digital.

Com informações de Jornal do E-Commerce