Segundo balanço trimestral do Magazine Luiza, publicado nesta segunda-feira (31) pela companhia, cerca de 25% do faturamento bruto da empresa veio do e-commerce.
A participação do comércio eletrônico nos resultados do Magazine Luiza ganhou destaque nos últimos anos. Em 2011, em torno de 10% do faturamento era decorrente da internet – já em 2015, o número subiu para 22%.
No terceiro trimestre de 2016, o e-commerce da empresa vendeu R$ 660 milhões, alta de pouco mais de 24%. Por outro lado, as lojas convencionais apuraram aumento de 6,5%.
No total, a receita bruta subiu 10,8%, para R$ 2,67 bilhões, e o lucro líquido do grupo foi de quase R$ 25 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 19 milhões obtido no terceiro trimestre de 2015.
Com as mudanças na operação, definidas mais claramente desde a entrada de Frederico Trajano na presidência, em janeiro, tem sido alterada a percepção sobre o próprio negócio. No braço de marketplace, também forte no Mercado Livre, a ideia do Magazine é oferecer 1 milhão de itens para venda (hoje são 40 mil, alcançados em três meses)
A empresa informou nesta segunda-feira que, até o fim de 2017, todas as lojas devem operar no sistema “click and collect”, que permite comprar no site e retirar no ponto de venda. Hoje, 791 lojas trabalham com esse serviço.
A companhia ainda deve voltar a abrir mais pontos a partir de 2017 (chegou a inaugurar 50 ao ano), segundo Trajano. Isso deve exigir, naturalmente, aumentos em investimentos, com risco maior de pressões em despesas. Nos últimos 12 meses, a rede abriu 11 lojas, quando estava com foco maior em renegociação de contratos de pontos do que em inaugurações.”Mapeamos mais de 300 lojas com possibilidade de abertura no país, mas isso não é ‘guidance'”, disse Trajano.
Após resultados positivos, tanto no e-commerce quanto no físico, as ações do Magazine Luiza voltaram a subir ontem na BM&FBovespa – a alta foi de 6,3% para R$ 92,5. De julho a setembro, os principais indicadores, operacionais e financeiros, apresentaram melhora, mesmo num ambiente adverso ao consumo.
A dívida líquida ajustada da companhia passou de R$ 1,21 bilhão em setembro de 2015 para R$ 750,3 milhões em setembro de 2016, reduzindo a relação dívida líquida /Ebitda ajustado de 2,2 vezes para 1,2. Houve melhora na geração de caixa operacional da rede – a soma aumentou de R$ 93,5 milhões para R$ 183,5 milhões no mesmo período.
Fonte: Valor Econômico