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Consumidor brasileiro dá preferência a negócios que prezam por questões sociais e ambientais

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Cada vez mais as pessoas exigem responsabilidade das empresas em relação ao meio ambiente. De acordo com o estudo Consumer Life 2021, da GfK, os millennials são os mais preocupados, em especial às questões climáticas (aquecimento global) e poluição. Outro estudo, dessa vez da Kantar, aponta que 54% dos brasileiros se preocupam com questões relacionadas à água e ao saneamento.

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Segundo Felipe Mendes, diretor-geral da GfK para América Latina, no Brasil há um interesse genuíno em preservar o meio ambiente. No entanto, os consumidores nem sempre sabem quais ações podem tomar. “Isso impacta diretamente nas empresas que fornecem produtos verdes e contam com um trabalho efetivo de preservação do meio ambiente. Afinal, se não há informação e se o custo não está dentro da realidade do consumidor, cai o engajamento desse setor”.

imagem de uma mão segurando o planeta terra, representando sustentabilidade

Millennials (pessoas nascidas entre 1980 e 1997) são os que mais se preocupam com as causas ambientais, com 49%. Já a geração Z, com pessoas nascidas a partir de 1998, soma apenas 26,1% da pesquisa da GfK.

No estudo da Kantar, batizado de “Who Cares, Who Does?” (Quem se importa, quem fez?, na tradução literal), mostra a importância de aliar o crescimento nos negócios a ações relacionadas a conceitos sustentáveis. Vale ressaltar que este levantamento foi feito em 7 países, com 18.300 entrevistas, e está na sua terceira edição. Ele identificou, por exemplo, que iniciativas que impactam a sociedade são tão importantes quanto as que influenciam o meio ambiente. Na ocasião, o tema de maior importância entre a população latino-americana é a educação de qualidade (56%), que se destaca ainda mais entre os peruanos (63%), equatorianos (63%) e chilenos (61%).

Millennials na causa ambiental

Por outra ótica, o Consumer Life 2021, da GfK, chama atenção para o fato de que os Millennials (pessoas nascidas entre 1980 e 1997) são os que mais se preocupam com as causas ambientais, com 49%. Já a geração Z, com pessoas nascidas a partir de 1998, soma apenas 26,1% da pesquisa. Tais números são levantados desde 1997, em 31 mercados de todas as regiões: Ásia-Pacífico, América do Norte, Europa Central e América Latina. Neste caso, os dados foram adquiridos em mais de 36.500 entrevistas globais, em painéis online com usuários com mais de 15 anos.

Para Mendes, existem 5 pontos em que a sustentabilidade pode ser pensada nos negócios:

  • Tornar as empresas mais responsáveis na agenda sustentável (83.2%);
  • Melhorar a educação e informação de como ser mais sustentável (65.8%);
  • Produtos e/ou serviços sustentáveis adequados para renda do brasileiro (51.4%);
  • Melhorar a qualidade dos produtos sustentáveis (32.9%);
  • Cobrar governo e órgãos públicos mais responsabilidade quanto às iniciativas ecológicas (32.8%).

“As mudanças convivem com a necessidade de impulsionar a inovação em ações direcionadas, produtos e serviços ecologicamente sustentáveis, e é claro, a comunicação entre consumidor e empresa. Por mais que haja iniciativas que impulsionam transformações sustentáveis, ainda há longo caminho a ser percorrido”, afirma Mendes.

Mais educação

No estudo da Kantar, iniciativas que impactam a sociedade são tão importantes quanto as que influenciam o meio ambiente. Como termômetro, o tema de maior importância entre a população latino-americana é a educação de qualidade (56%) — que se destaca ainda mais entre os peruanos (63%), equatorianos (63%) e chilenos (61%). A necessidade de oferecer água limpa e saneamento também aparece entre as questões mais relevantes na América do Sul, especialmente em países como Brasil e Peru (54%).

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Outros tópicos foram muito comentados entre os pesquisados, como:

  • erradicação da pobreza;
  • trabalho decente e crescimento econômico;
  • combate à fome e incentivos à agricultura sustentável;
  • saúde e bem-estar;
  • redução das desigualdades;
  • igualdade de gênero.

Neste estudo, também foi possível observar relevância em iniciativas ligadas a cidades e comunidades sustentáveis e produção responsável, bem como energia limpa e acessível.

Da redação do E-Commerce Brasil