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Compras de Natal de última hora devem ser tendência em 2022, diz Best Buy

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Os norte-americanos devem deixar suas compras de presentes de fim de ano para última hora, disseram executivos da Best Buy na terça-feira (30), em um retorno aos hábitos pré-pandemia, uma vez que os consumidores, preocupados com a crescente inflação, buscam as melhores ofertas.

As interrupções globais na cadeia de suprimentos e a consequente escassez de diversos materiais levaram os consumidores a iniciar suas compras de fim de ano em outubro nos últimos dois anos, com medo de que os produtos desejados desaparecessem das prateleiras já para o Dia de Ação de Graças, no final de novembro.

Em 2022, no entanto, os varejistas estão com estoques lotados, à medida que os clientes reduzem os gastos supérfluos, e a Best Buy espera que isso impulsione o retorno aos padrões de compras pré-pandemia.

“Nossa hipótese é que você verá um feriado que começa a se parecer um pouco mais com o que vimos antes da pandemia. Talvez venha um pouco mais tarde e provavelmente seja promocional em nosso espaço”, disse o presidente-executivo da empresa, Corie Barry, em uma conferência de resultados.

Barry acrescentou que os clientes estavam migrando para produtos mais baratos em categorias como televisores, e espera que a tendência se estenda até os feriados de final de ano. No entanto, as vendas de smartphones premium se mantiveram fortes antes do esperado lançamento do novo iPhone.

A varejista de eletrônicos registrou uma queda nas vendas trimestrais comparáveis, mas o recuo veio menor do que o esperado.

Com isso, as ações da empresa na bolsa subiram até 7,6% na terça-feira. A empresa havia realizado grandes descontos para combater a queda na demanda devido ao aumento do custo de vida.

As vendas comparáveis ​​caíram 12,1%, contra estimativas dos analistas de queda de 12,6%, segundo dados compilados pela Refinitiv.

Os estoques recuaram para US$ 6,04 bilhões no final do segundo trimestre fiscal, encerrado em julho, de US$ 6,26 bilhões no final de abril.

“(A queda nos estoques) contrasta fortemente com a sobrecarga de estoque com a qual muitos outros varejistas foram forçados a lidar. Isso deve implicar menos pressão de descontos à medida que nos aproximamos da temporada de vendas de fim de ano”, disse Scot Ciccarelli, analista da Truist Securities.

Em uma base ajustada, a empresa lucrou US$ 1,54 por ação, superando as estimativas de US$ 1,27.

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Fonte: Reuters, via Money Times