Cliente pode sentir primeiros efeitos do Open Banking no 1º trimestre de 2022
Apesar da adoção mais rápida que outros países, o Open Banking ainda é pouco evidente no dia a dia dos brasileiros. Banco Central, bancos e fintechs defendem que o processo é uma "maratona" e os resultados serão percebidos pouco a pouco pela população. Mas há a expectativa de que alguns efeitos já sejam sentidos no início do ano que vem.
Na avaliação do diretor de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Leandro Vilain, os clientes já devem começar a usufruir de algumas facilidades para fazer pagamentos e transferências via Pix, possíveis pela fase 3 do Open Banking, em cerca de dois meses.
É provável que o cliente possa pagar uma compra em um e-commerce sem precisar entrar no aplicativo do banco, apertando apenas um botão. Ou, caso tenha conta em mais de uma instituição, vai poder fazer uma transferência de uma usando o saldo da outra.
"Acho que é viável sim [em dois meses], por meio de aplicativos de agregadores financeiros do próprio setor bancário, que vão permitir a consolidação de operações de mais de uma conta bancária. O banco A pode disponibilizar o agregador, em que o cliente poderá ver o extrato do banco A e o do banco B. Será ótimo principalmente para o microempresário, que tem muito trabalho nessa conciliação", explica Vilain.
Para essas transações funcionarem, porém, é preciso da intermediação das chamadas iniciadoras de pagamento, que podem ser instituições financeiras ou não financeiras autorizadas pelo BC e têm de estar em plena operação.
A expectativa da Febraban é de que, na virada do ano, isso ocorra. Segundo o BC, já há iniciadores de pagamento autorizados e outros com pleito em análise pelo regulador.