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Cientistas usam física de partículas para melhorar sistemas de recomendação online

Por: Vivianne Vilela

Diretora de Conteúdo do E-Commerce Brasil

Vivianne Vilela atua como Diretora de Conteúdo, do E-Commerce Brasil há mais de 11 anos. É responsável pela curadoria dos eventos, dentre eles o Fórum E-Commerce Brasil (maior evento de e-commerce das Américas). Passou mais de 7 anos trabalhando em projetos nacionais para promover a inclusão, transformação e expansão no uso da tecnologia dos pequenos negócios no Brasil pelo Sebrae Nacional.

Você, internauta, já se acostumou a ver no Google, Facebook e outros sites (principalmente os de lojas virtuais), recomendações publicitárias como “Se você comprou X, vai gostar de Y” ou “Seu amigo curte essa página, curta você também”. Para os comerciantes, esse tipo de propaganda representa uma boa parcela de presença de marca mas, mesmo assim, elas ainda não são tão eficientes.

Imagine, por exemplo, que você busca um restaurante quieto. Encontra um, indicado no Facebook. Mas não só você, como todo mundo recomendando um restaurante quieto irá encontrar a indicação. E o que era pra ser um jantar sossegado acaba virando um pesadelo.

Pensando nesse problema, pesquisadores da Universidade de Friburgo, na Suíça, se dedicam a pesquisar métodos para aumentar a eficiência das propagandas. E, usando física de partículas, eles podem ter encontrado o método perfeito. Eles comparam os clientes à partículas subatômicas, de diferentes tipos, dependendo do serviço buscado.

No exemplo do restaurante quieto, por exemplo, clientes seriam considerados fermions, como elétrons, o que significa que dois clientes não podem ocupar o mesmo lugar, logo não podem ser atendidos ao mesmo tempo. Já em relação a uma loja online, que pode atender milhares de fregueses por vez, eles seriam considerados bósons, como fótons, capazes de ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.

Nesse modelo, o restaurante pode fazer sua propaganda enquanto sua capacidade máxima não for atingida. Ao mesmo tempo, dá chances para que outros espaços, que ainda não tem um número tão grande de recomendações, sejam expostos na web e conhecidos.

Via: Technology Review