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Case Ikesaki: a evolução do mercado de beleza na operação multicanal

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Quem olha a Ikesaki hoje não imagina que a rede de loja de cosméticos mais famosa de São Paulo e do Brasil começou a partir de uma iniciativa de um imigrante japonês que veio para o Brasil trabalhar nas lavouras de café da pequena cidade de Bastos. “A história do Sr. Ikesaki começa com: “Pai, vou para São Paulo”, conta Patrícia Knipl, Supervisora de Operações da Ikesaki, durante o Congresso E-Commerce Brasil Gestão 2016.

Com a inovação presente em seu DNA, foi em 1964, que Hirofumi Ikesaki, cheio de sonhos e ideais, fundou o primeiro supermercado de produtos de beleza, no bairro da Liberdade, em São Paulo. Enquanto as outras lojas atendiam seus clientes atrás do balcão, a Ikesaki implantou o Sistema de Autosserviço de Cosméticos. De lá para cá, Ikesaki não parou: hoje o Grupo reúne, além das sete hiperlojas, empreendimentos de design, acessórios, aparelhos elétricos para salões de cabeleireiros e lançou recentemente uma nova plataforma de e-commerce com entrega em 24 horas.
Alice - Ikesaki - ECommerce Gestao - 20 e 21-09-2016 - 9907
Conversamos com Edilaine Godoi, gerente de e-commerce e com Patrícia Knipl, supervisora de operações da Ikesaki. Confira:
ECB: Como uma empresa aparentemente tão tradicional se transformou em uma operação multicanal e omnichannel?

Edilaine e Patrícia: “Atualmente a empresa é gerida pelos filhos do Sr. Ikesaki (são quatro irmãos), que têm uma visão inovadora na gestão de negócios. Se formos analisar, entramos um pouco tarde no online (em 2015), porém sabíamos que era o momento certo: a loja já estava adequada e nós tínhamos consciência de que precisávamos estar presente em uma operação que entregasse no Brasil inteiro. Foi então que decidimos entrar no e-commerce”.

ECB: Ser omnichannel nem sempre é uma questão de tecnologia, mas sim de cultura. Como foi essa digitalização na Ikesaki?

Edilaine e Patrícia: “Todo mundo comprou o projeto, todos os departamentos. Mas a parte mais difícil de uma operação física que migra para o online é: não existem profissionais que tenham conhecimento de mercado e você acaba comprando tudo que as pessoas oferecem. Em quase um ano de operação testamos todas as ferramentas que você possa imaginar e absorvemos ao máximo o que cada uma delas oferecia. Foi então que a empresa decidiu: “agora precisamos ter uma pessoa que tenha a visão do todo e olhe o nosso negócio de forma diferente”.

ECB: Como é a integração de todas as áreas do grupo Ikesaki (eventos, e-commerce, loja física)?

Edilaine e Patrícia: “Na verdade essa integração ocorre de forma natural, já que a Ikesaki não se comunica como Grupo e sim como empresas separadas. Por exemplo, quando damos um ingresso para os profissionais cadastrados na Ikesaki irem aos eventos, na verdade eles não sabem esses eventos pertencem à operação Ikesaki, nos identificamos como sócios de credenciamento. Porém, quando falamos de atendimento no varejo, a operação fica centralizada no time da Patrícia”.

ECB: Quais são os próximos desafios da operação online da Ikesaki?

Edilaine e Patrícia: “Acabamos de sair de uma grande operação digital que aconteceu no estande da Beauty Fair, para nós foi algo grandioso e foi a primeira vez que a empresa viu o e-commerce de uma maneira diferente. Agora estamos nos preparando para a Black Friday (é a primeira vez que o Ikesaki vai participar) e grandes mudanças ainda estão por vir, porque a indústria precisa comprar a ideia do e-commerce e entenda o potencial da Black Friday”.