Biden deve expandir casos antitruste e separar empresas de tecnologia
O governo Biden deve expandir os casos antitruste contra o Google e o Facebook e incentivar a separação de empresas, de acordo com um grupo cujo fundador está trabalhando com a equipe de transição do presidente eleito.
O American Economic Liberties Project, um influente grupo antimonopólio com sede em Washington, divulgou um relatório com orientações para os responsáveis pela defesa da concorrência no próximo governo. O grupo é liderado por Sarah Miller, que está trabalhando com a equipe de transição do presidente eleito Joe Biden e tem sido fundamental para tornar a aplicação antitruste contra a Big Tech uma questão predominante.
As recomendações do relatório oferecem um vislumbre do pensamento que poderia influenciar a formulação de políticas futuras sob o governo Biden.
O grupo pediu que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos deixasse claro que continuará as ações antitruste contra o Google, expandindo o escopo do litígio além da pesquisa para mapas, viagens e sua loja de aplicativos.
O Departamento de Justiça processou o Google em 20 de outubro, acusando a empresa de US$ 1 trilhão de dominar as buscas e publicidade. Em dezembro, a Federal Trade Commission (FTC) processou o Facebook dizendo que a empresa usou uma estratégia de "comprar ou enterrar" para prejudicar os rivais.
O relatório apela ao governo Biden para nomear agressivos agentes antitruste do Departamento de Justiça e da FTC e insta o procurador-geral nomeado de Biden, Merrick Garland, a “se comprometer publicamente com a busca de uma separação do Google”.
“O movimento antimonopólio é muito jovem ... Queríamos apresentar uma visão que as pessoas em um novo governo pudessem se reunir e usar como um roteiro claro não apenas para o que é possível, mas também para o que é necessário”, disse Miller à Reuters.