Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), divulgado nesta quarta-feira (23), o movimento dos negócios no terceiro semestre de 2016 registrou queda de 0,7%, já efetuados os devidos ajustes sazonais, na comparação com o segundo trimestre deste ano.
Em comparação com o terceiro trimestre de 2015, houve retração de 2,9% na atividade econômica. No acumulado até setembro de 2016, a atividade econômica brasileira sofreu contração de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o resultado negativo neste terceiro trimestre, superior inclusive à queda de 0,6% verificada no trimestre anterior, frustrou as expectativas de retomada mais firme da economia ao longo do ano.
Pelo contrário, a recessão econômica prolongou-se e até mesmo se intensificou no terceiro trimestre de 2016. Avanço do desemprego, crédito mais caro e escasso, níveis de inadimplência elevados tanto de consumidores quanto de empresas e dificuldades financeiras de alguns entes federativos são alguns dos elementos que impactaram negativamente sobre a atividade econômica no terceiro trimestre.
Pelo lado da oferta agregada, a agropecuária recuou 3,7% no terceiro trimestre de 2016, já descontada a sazonalidade, e tombou 1,9% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.
A indústria, seguindo na mesma direção, exibiu retração de 2,3% neste mesmo trimestre perante o segundo trimestre do ano e, na comparação interanual, recuou 3,8% frente ao terceiro trimestre de 2015. O setor de serviços manteve-se estável, na margem, durante o terceiro trimestre deste ano, mas caiu 2,1% perante o terceiro trimestre do ano passado.
Do ponto de vista da demanda agregada, todos os componentes da demanda doméstica exibiram variações negativas na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2016: consumo das famílias (-1,4%); consumo do governo (-0,7%); investimentos (-5,4%); exportações (-7,2%); importações (-3,5%), já efetuados os devidos ajustes sazonais. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado as quedas foram: consumo das famílias (-4,9%); consumo do governo (-3,0%); investimentos (-10,6%); exportações (-1,4%); importações (-7,1%).