Logo E-Commerce Brasil

5G promete avanço nos meios de pagamento e comércio mobile

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

Embora ainda nos estágios iniciais de implantação, a tecnologia 5G pode trazer mudanças positivas para o indústria de varejo, à medida que os varejistas buscam manter seus esforços de transformação digital e trazer os consumidores de volta às lojas com segurança em 2021. Os varejistas usarão seus investimentos de TI em 5G para aprimorar a experiência do cliente, tanto na loja quanto online.

As experiências de varejo digitais com checkout sem toque se tornarão mais comuns este ano. Já existe um interesse significativamente maior do consumidor em pagamentos móveis e pedidos de aplicativos móveis: 30% e 28% dos consumidores dos EUA manifestaram interesse nessas respectivas tecnologias em uma pesquisa de junho de 2020 da Periscope By McKinsey, ambos acima de 10 pontos percentuais em pesquisas semelhantes em março 2020.

O setor também pode esperar que as lojas sem atrito do futuro proliferem, à medida que as experiências de varejo digitais como Amazon Go continuam a se expandir.

O Amazon Go, conceito de loja de conveniência sem caixa com sua tecnologia patenteada Just Walk Out, continua a expandir sua presença. A Amazon também tem planos de expansão para os supermercados Amazon Fresh, que apresentam “Dash Carts”, carrinhos de compras que digitalizam e carregam automaticamente os itens colocados neles. As lojas estão surgindo perto de grandes cidades, incluindo Los Angeles e Chicago.

Em setembro, a Amazon também revelou a tecnologia de digitalização de impressões digitais Amazon One, que pode identificar os clientes na entrada da loja. A empresa procurará licenciar essas tecnologias para outros varejistas físicos, o que pode aumentar drasticamente sua presença e acelerar a adoção do consumidor.

A integração das contas e dos sistemas de pagamento da Amazon com a tecnologia da loja, como sistemas de visão computacional e prateleiras inteligentes, faz parte da magia de suas lojas sem contato – mas nem todas as lojas sem caixa dependem da tecnologia de visão computacional.

Shekel Brainweigh desenvolveu um formato de loja de varejo autônomo com sistemas de prateleiras inteligentes habilitados para IA que contam o estoque pesando itens nas prateleiras.

A tecnologia opera em conjunto com um sistema Light Detection and Ranging (Lidar) da Hitachi que usa luz para medir a distância do objeto para rastreamento de compras em vez de reconhecimento facial, de acordo com Guy Moshe, cofundador e CTO da divisão de inovação de varejo da Shekel Brainweigh.

O Groupe Casino está atualmente testando o formato de loja na França. As lojas podem ser colocadas onde quer que haja uma rede celular, incluindo 5G, mas Moshe espera que custem menos e exijam menos poder computacional do que as lojas habilitadas para visão computacional.

5G: pagamentos móveis

As experiências de compra e venda que aproveitam a visão computacional, Lidar e outras tecnologias para gerenciamento de estoque e identificação de clientes devem se tornar mais comuns. Prevemos que o volume de pagamentos móveis nos EUA aumentará de US$ 705,28 bilhões em 2019 para US$ 2,541 trilhões em 2025 em mcommerce, pagamentos móveis de proximidade e pagamentos móveis ponto a ponto (P2P). Em suma, os dispositivos móveis estão se tornando centrais para permitir pagamentos aos varejistas.

Com o uso de carteira móvel em ascensão, as vantagens de largura de banda e latência das redes 5G podem ajudar a acelerar o processo de pagamento, seja por meio de um método de pagamento sem contato ou de proximidade.

Além disso, o uso de autenticação de SIM por meio do provedor de serviços de celular (o que significa que não há logon Wi-Fi), bem como redes rápidas para processamento de dados biométricos para identificação, também oferece novas oportunidades para acelerar o processo de pagamento e reduzir a oportunidade de fraude e garantir que a transação seja segura.

Leia também: 5G, IA e IoT: as tecnologias que vão mudar o varejo brasileiro nos próximos meses

Fonte: Business Insider