A “T.I. Estratégica” analisa onde a tecnologia integra o negócio da corporação e seu modelo de gestão através de um modelo piramidal com 4 níveis. Em sua base está a T.I. como “Provedor de Serviços para o Negócio”. Neste ponto o foco da área de tecnologia é o suporte técnico e os seus serviços são custos estruturais, ou apenas, um mal necessário. É triste pensar que ainda hoje, temos grande parte das empresas nacionais operando neste modelo.
Acima deste modelo, está a “T.I. como suporte às operações do negócio”. Seria o passo seguinte na evolução da T.I. dentro das companhias, ainda trôpego, mas já com alguma intensão de fusão entre tecnologia e negócio. Estratégia tipicamente focada em melhorar o suporte de T.I. nas operações entendendo que isso traz algum benefício.
Ainda hoje, pouquíssimas empresas saltaram para o terceiro nível da pirâmide onde “T.I. suporta a estratégia do negócio”. É fato que a tecnologia já é percebida como grande diferencial de negócio, e que e-commerces bem estruturados, ERPs e CRMs implantados e bem utilizados, integrações com fornecedores, análises elaboradas de relatórios com informações em tempo real e todo tipo de empresa que investe em aparatos tecnológicos transformam-se no fim das contas em vantagem competitiva.
O dilema que persiste é que o advento da internet, a globalização, a explosão das lojas virtuais, a Amazon, a Apple, os smartphones, a Google, a democratização da tecnologia, a grande concorrência disputando o mesmo mercado, o marketing digital fez com que as lideranças corporativas avançassem na estratégia da Tecnologia de forma abrupta e em muitos casos, uma empresa que estava no nível primário, teve de escalar direto ao topo, o último nível da pirâmide: a “TI Integrada à estratégia corporativa “.
Neste modelo a estratégia de TI é desenvolvida como parte da estratégia e direção da empresa. Não só há uma estratégia de T.I. amplamente desenvolvida (o que já difere bastante dos outros modelos), mas esta engloba a visão corporativa de forma natural, totalmente alinhada e a com missão de gerar valor mensurável ao negócio. De fato, são poucos os executivos que compreendem a amplitude da T.I. no negócio, ao passo que sobram profissionais de T.I. incapazes de avançar em discussões mais elaboradas rumo aos objetivos do negócio.
Sou entusiasta da tecnologia que impacta, melhora, destrói ou modifica o negócio de forma prática e benéfica e deixo aqui duas perguntas: profissionais de business estão preparados para integrar os nerds crescidos na estratégia de sua área? Temos profissionais de T.I., habilitados para olhar margens e resultados em vez de códigos fontes e star wars?