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Por que a chegada do Open Banking é boa para o consumidor e para o varejo?

Por: Alan Chusid

Alan se graduou em Administração de Empresas pela ESPM. É um dos cofundadores do Neon, um dos principais bancos digitais do Brasil, do qual foi Diretor Comercial & Negócios. Antes do Neon, Alan fundou uma empresa de tecnologia focada em logística chamada Speedyboy. Anteriormente, ele trabalhou como trainee na Andrade Gutierrez e no mercado financeiro na divisão de Asset Management da Advis. Alan também é dono e aconselha empreendedores de diversos setores, em empresas como a Naked Nuts, Troco Simples e Linus.

Liberdade é um ótimo conceito, principalmente quando você assiste tal ideia na prática. Hoje, ela desenha o futuro de muitas áreas e uma delas é o setor financeiro. Atualmente, quem toma à frente disso é o Open Banking, inovando com propostas que atendem desde as instituições financeiras até consumidores e varejistas. O também chamado Open Finance faz isso ao facilitar a relação entre cliente, serviço financeiro e instituições que encabeçam esse ecossistema.

Liberdade, no entanto, não significa dizer adeus à segurança ou que agora o universo de bancos e fintechs (entre outras instituições participantes) não possui regras. Na realidade, o Open Banking é o inverso. Aqui é justamente a tecnologia usada pelo sistema que permite uma revolução segura. Soma-se a isso todo o trabalho de supervisão do Banco Central.

E agora que já falamos em segurança, é importante entender porque a adesão ao Open Banking vale a pena em um país. Para isso, seria interessante apresentar dois fatores diferentes mas que sempre se cruzam: o social e o econômico. As motivações para a implementação desse serviço consideram aspectos muito importantes da sociedade, enquanto avaliam os impactos desse serviço para a economia. A conclusão é de que vale a pena investir nesse sistema, uma vez que ele gera benefícios numa via de mão dupla.

Sempre foi muito complicado comparar os serviços financeiros que são oferecidos e a burocracia é a principal pedra no caminho. Pensando nisso, vem o Open Banking, rompendo com o modelo tradicional de comunicação entre pessoas e instituições financeiras. A estrutura desse sistema faz com que os clientes compartilhem os seus dados com mais liberdade para diversas instituições participantes.

Mas por que isso é bom? A lógica é simples. Com mais instituições tendo acesso às informações, há uma concorrência maior sobre o que vai ser feito com os dados do cliente. Imagine, por exemplo, que cinco padarias conhecem o seu perfil, sabem o que você gosta de comer e o que cabe no seu bolso. Todas elas precisam lucrar, certo? Mas agora você pode escolher entre as cinco opções e, automaticamente, algumas delas ficarão para trás se não buscarem oferecer o melhor serviço para você. Essa é a ideia do Open Banking. Ao passo que há um estímulo de competitividade, existem também mais ofertas para o consumidor.

Quem também soma nessa caminhada é o Pix. Vale dizer que foi com ele que as primeiras inovações aconteceram no universo financeiro, além das carteiras digitais que também merecem seu espaço nessa conversa. Mas o Pix é uma das coisas que trazem benefício para o e-commerce no Open Banking.

A integração do pagamento instantâneo na terceira fase do Open Banking promove uma jornada de compras mais dinâmica aos clientes dos varejistas, trazendo mais facilidade para os pagamentos. Aqui, vale destacar a participação do iniciador de pagamentos no Pix, fundamental para que isso aconteça. Mas não para por aí: o Open Banking também inova quando o tema são as operações de crédito.

Dentro do e-commerce, a experiência do consumidor vai desde a escolha de produtos até a sua entrega, passando, é claro, pelo pagamento. Oferecer, portanto, condições que atendam as especificidades dos clientes pode ser um grande diferencial e esse será o efeito do Open Banking no varejo online. Neste caso, as condições comerciais abraçam questões de crédito.

Em suma, todos os pontos apresentados vão de encontro ao que foi dito anteriormente: o social e o econômico andam lado a lado no Open Banking, como aliados de verdade. As expectativas são de que no Brasil, assim como em outros países, a ideia seja cada vez mais abraçada pela população. O futuro se mostra super digital e o mais importante é que não estamos ficando para trás.

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