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O que é Mobile App Deep Linking e como configurar sua atribuição de fonte de tráfego?

Por: Rander Oliveira

Formado em Gestão de TI, possui experiência como desenvolvedor web e atualmente é consultor de Business Analytics na DP6.

Com o advento dos smartphones nos últimos anos, cada vez mais esses dispositivos são escolhidos como o principal canal de compras pelos seus usuários. De acordo com o Panorama Mobile Time/Opinion Box — Comércio móvel no Brasil (set/2019), em quatro anos, a proporção de usuários de aparelhos móveis que já haviam experienciado comprar pelo smartphone mais que dobrou, passando de 41% em setembro de 2015 para 85% em setembro de 2019.

A partir da percepção desse cenário, as organizações dos mais variados segmentos, como vestuário, delivery, cosmético, eletrônico, financeiro, entre outros, vêm incrementando seus investimentos e esforços na criação de aplicativos móveis (apps) cada vez mais robustos, favorecendo a experiência do usuário e, consequentemente, aprimorando sua jornada até a conversão.

Com a migração dos usuários do ambiente web para app, vários dos desafios já enfrentados pelas empresas anteriormente voltam à tona. Um deles é como otimizar o direcionamento dos seus usuários para o app e compreender qual a sua origem de tráfego, ou seja, de onde esses usuários estão vindo.

Uma das técnicas utilizadas nesse cenário é o mobile app deep linking. Para contextualizar, deep link trata-se de um conceito que indica um endereço online de um conteúdo específico. Parece confuso, porém, estamos mais familiarizados com essa tecnologia do que se pode imaginar, veja só:

Digamos que você esteja navegando pela internet e encontra um produto do seu interesse. Ao clicar nele, uma página com imagens e informações relacionadas a este produto será exibida. Ao observar a URL dessa página no navegador, você está visualizando um deep link, que provavelmente terá um formato semelhante à www.nome-da-loja.com.br/nome-do-produto.

Deep links são interpretados pelos mais diferentes navegadores, direcionando o usuário a um determinado conteúdo, sempre que há uma interação (clique) com um link. Quando falamos de mobile app deep linking, estamos nos referindo aos deep links capazes de serem interpretados por aplicativos móveis. Ou seja, o conteúdo apontado pelo link poderá ser aberto diretamente em um aplicativo em vez de um web browser.

Já sabemos que as organizações têm investido cada vez mais em apps e, de modo geral, eles oferecem ao usuário uma melhor experiência, fator importante para a conversão. Sendo assim, o que precisamos fazer para que o usuário, caso clique em um deep link, seja levado ao aplicativo ao invés do ambiente web mobile de uma loja, por exemplo?

Em situações como a apresentada acima, é possível fazer com que o app seja capaz de interpretar determinados padrões de deep link e exiba ao usuário um determinado conteúdo. Existem algumas variações de mobile app deep linking, cada uma delas com um fluxo de direcionamento do usuário ao app diferente. As principais são:

Deferred Deep Link

Esta abordagem levará o usuário, após o clique no deep link, à loja de aplicativos. Em seguida, abrirá o conteúdo em uma tela específica do app. Tal característica permitirá que o usuário opte por instalar o aplicativo caso ainda não o tenha.

Universal Link (iOS) / App Link (Android)

A aplicação dessas tecnologias em um aplicativo mobile fará com que o conteúdo apontado pelo deep link seja aberto diretamente no app. Caso o usuário não tenha o aplicativo instalado em seu smartphone, o deep link levará a uma tela específica no próprio web browser.

Cada um dos métodos acima tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser analisadas no momento de optar por qual será implementado no app mobile da sua organização.

Agora que já compreendemos o que é e como funciona um mobile app deep link, vamos entender como mensurar a atribuição de origem de tráfego dos usuários ao app no Google Analytics.

Mensuração

Para atribuir uma origem de tráfego à sessão do usuário, o Google Analytics utiliza dados relacionados à campanha, como source e medium. Dessa maneira, é possível mensurar e analisar a atribuição de campanha, indicando como o usuário chegou até um determinado ambiente, podendo ser a partir de um email marketing, anúncio online, rede social, entre outros.

Para que aconteça a atribuição de tráfego em aplicativos móveis, a partir de mobile app deep linking, é necessário realizar os seguintes passos:

  • Configurar o SDK Firebase Analytics no app;
  • Parametrizar corretamente as URLs de campanha;
  • Configurar o app para interpretação de mobile app deep links;
  • Habilitar o trackeamento de dados de campanha no app.

Com os tópicos acima devidamente configurados, a coleta de dados será realizada pelo Google Analytics e as informações referentes à origem tráfego no app serão disponibilizadas no relatório de “Acquisition > Sources” (Aquisição > Origens) na interface do ferramenta.

Através do relatório de origem de tráfego no Google Analytics é possível extrair vários insights para sua organização. Ele possibilita compreender mais a fundo o comportamento dos usuários, podendo indicar, por exemplo, qual origem de tráfego apresenta maior taxa de conversão. Permite também otimizar os investimentos em mídia, direcionando-os para anúncios que impactam os usuários com maior propensão a converter em seu aplicativo.

Esse assunto possui diversas ramificações. Assim, traremos em futuros posts novas óticas sobre o cenário de atribuição de tráfego em apps, abrangendo em detalhes as especificidades e aplicabilidades dos diferentes métodos de mobile app deep linking. Então, fique ligado!

Este artigo foi publicado originalmente no blog da DP6.


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