Todo ano, a mídia comenta que será um ano desafiador para o varejo, e 2023 não será diferente. Dentro de shoppings espalhados pelo Brasil, grandes marcas vêm ganhando espaço com a abertura de novas lojas físicas, focadas em atendimento e experiência para o consumidor.
É possível identificar que as marcas que mais crescem são as que se relacionam com o cliente. Por isso, percebemos que marcas com estruturas mais robustas, no que tange à coleta de dados e a informações dos seus consumidores, estão se consolidando cada vez mais no cenário nacional do varejo.
O varejo é humano
Nos últimos anos, muito se discutiu sobre novas tecnologias, como inteligência artificial, realidade aumentada e robotização na operação. Porém, o varejo é feito de pessoa para pessoa, e o contato é essencial.
O vendedor de loja física é o protagonista na jornada do cliente. Por isso, aliar tecnologia a esse profissional é fundamental no processo de digitalização do varejo. Além de incluí-lo nas estratégias da marca, é possível demonstrar que a tecnologia é uma aliada na hora de fechar ainda mais vendas, quebrando o mito de que o e-commerce é rival da loja física.
Dessa forma, você pode:
– unir as estratégias online e offline;
– ter mais proatividade para atrair os clientes até a loja física;
– criar um ponto de entrega e retirada, reforçando que a loja faz parte do e-commerce, e vice-versa;
– gerar e nutrir o relacionamento com os seus clientes.
Independência dos anúncios
Investir recursos de marketing em mídia traz um retorno positivo para as vendas das lojas, o que contribui para o famoso CAC (Custo de Aquisição de Clientes). Porém, um cliente só é cliente quando ele faz uma segunda compra com a marca e essa compra não vem por mídia. Do contrário, a verba investida para aquisição, na verdade, está sendo desperdiçada ao impactar pessoas que já conhecem a marca e poderiam ser conduzidas em uma estratégia de fidelização, de acordo com a etapa do lifecycle em que o comprador está naquele momento.
Manter o relacionamento com o cliente após a primeira compra é chave para o sucesso. Marcas que estão abrindo novas lojas em grandes shoppings do Brasil e do mundo são as mesmas que possuem uma cultura de captação de dados eficiente e que utilizam esse recurso para reduzir o custo em estratégias de aquisição, uma vez que elas já possuem todos os dados necessários para contatar esse cliente.
Lojas online
O varejo precisa estar conectado. Durante a NRF 2023, foi possível observar as seguintes tendências:
– Live commerce – nada mais é do que vídeos criados por influenciadores ou pessoas identificadas com a marca, vendendo seus produtos em canais digitais como YouTube, Instagram etc. Esse tipo de comercialização, segundo o Mercado & Consumo, movimentou US$ 131 bilhões em 2021 somente na China.
– Integrar os dados da loja física com os dados do e-commerce – a jornada do consumidor é omnichannel, e as marcas precisam ter estratégias aptas para lidar com esse comportamento. Segundo Geoffroy, CEO da Neiman Marcus, os clientes acabam gastando cinco vezes mais quando se envolvem em vários canais.
– Tendência ou pendência? – muitas marcas estão preocupadas em entrar para o metaverso, porém 79% da geração Z, por exemplo, estão presentes diariamente em plataformas como o TikTok, consumindo produtos. É necessário avaliar as estratégias e o comportamento do consumidor para estar no local certo, na hora certa, entregando a mensagem da sua marca de forma eficiente em todos os canais realmente necessários.