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Apenas 2% dos apps duram 30 dias ou mais nos smartphones

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Usuários de smartphone passam em média 2 horas e 42 minutos em seus celulares todos os dias, segundo informações divulgadas pelos executivos do Linkedin e Facebook na última segunda-feira, durante o Mobile World Congress em Barcelona, na Espanha.

Segundo Lee McCabe, global head de viagens do Facebook, o mobile vai continuar liderando o crescimento nos negócios. “79% dos usuários de smartphones gastam nada menos que três horas do seu dia em seus celulares”, disse.

Somente o Facebook tem 745 milhões de usuários ativos diários no mobile. Apesar dos números convincentes, os varejistas estão ficando para trás. 25% de todo o tempo é gasto no celular, mas apenas 11% dos budgets de mídia são direcionados ao mobile, diz McCabe.

O executivo do Linkedin, concorda com McCabe, e diz que a o tráfego mobile da empresa tem crescido exponencialmente durante os últimos anos. “Quatro anos atrás, 8% de nossos visitantes vinham de dispositivos móveis, hoje são mais de 50%”, diz Joff Redfern, vice-presidente de produto mobile no Linkedin.

A aproximação do Linkedin ao mobile tem sido para criar apps para funções particulares. Por exemplo, o Linkedin tem um app para empregados, um app de notícias chamado Pulse e um app para quem busca trabalho, entre outros. “Queremos manter a simplicidade para os usuários encontrarem o que querem nos primeiros segundos”, disse Redfern.

Redfern e Kiran Prasad, vice presidente de engenharia, disse que o site desktop do Linkedin tem mais de 2.200 páginas únicas e a empresa não quer “oprimir” os usuários colocando todos os dados e funcionalidades no app. Executivos disseram que pensam em seus apps como uma casa, com funções separadas e óbvias para cada cômodo.

O Linkedin também está trabalhando para o sucesso de cada app através do analytics e, por exemplo, mantendo o monitoramento de quem está procurando emprego. Se os usuários de app atualizam seus status de emprego no Linkedin, isso sugere que o app os ajudou a encontrar um trabalho.

Investir em aplicativos móveis é um tempo bem gasto, diz McCabe, assim como os consumidores estão investindo tempo ao usar seus smartphones. Mas usuários de apps são exigentes: apenas 2% dos apps duram 30 dias ou mais em um smartphone, disse.

“Você tem que proporcionar uma boa experiência para estar em um aparelho móvel”, disse McCabe. “Torne o processo mais sensorial e fácil. Profissionais do mobile estão pedindo informação demais e requisitando nomes de usuário e senhas”, finalizou.

Com informações de: Internet Retailer