Quase três meses desde o início dos ataques a navios de logística no Mar Vermelho, golfo do oceano Índico entre África e Ásia, a situação continua tensa. Mantida a interrupção de várias operações do tipo na região e sem muitas certezas até o momento, o varejo internacional, especificamente da Europa, pede resoluções à União Europeia (UE).
As reclamações partiram o Eurocommerce, grupo que reúne companhias voltadas ao setor na região. Em comunicado ao ministro das Relações Exteriores da Bélgica, por exemplo, é enfatizado o “grande impacto” da crise no Mar Vermelho para os negócios europeus.
Empresas como Carrefour, Lidl, M&S, Tesco, H&M e Primark integram a frente que pede mais ímpeto das autoridades europeias para resolver a situação.
Consequências
Para evitar a região e seus problemas, que persistem desde o início de dezembro de 2023, as empresas marítimas estão utilizando outras rotas. Mesmo sendo um paliativo em termos de segurança, a mudança envolve uma série de complicação para a cadeia de suprimentos, complicando o envio entre Ásia e Europa que acontece no Canal de Suez, no Egito.
Na prática, empresas do varejo que compras produtos fabricados na China, por exemplo, enfrentam atrasos de duas a três semanas. Além disso, existe o custo extra da rota alternativa pelo Sul do continente africano com combustível e despesas dos trabalhadores.
“Quanto mais as operadoras logísticas são forçadas a redefinir rotas para entrega, negócios e, por consequência, os consumidores sofrem com encargos adicionais em uma Europa que já tem um alto custo de vida”, diz a carta do Eurocommerce à UE.