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Quanto custa importar da China?

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

Se em um cenário ideal, seria possível determinar, em uma conta simples, quanto custa importar da China, no mundo real a regulamentação e tributação são um pouco mais complexas e na conta entram diversas variáveis — impostos, taxas, logística e até a mercadoria e o modelo de importação. 

Não raro, as empresas se questionam se o processo é realmente vantajoso. E aqui já vai um spoiler: a importação pode, sim, ser uma alavanca de crescimento, abrindo caminho para mercadorias e matérias-primas de qualidade, com preços muito competitivos. Mas é super importante para o empreendedor saber a que tipos de despesas estará sujeito, para assim tomar uma decisão informada e estratégica para o negócio.

A mercadoria

Primeiro, deve ser levado em consideração o tipo de mercadoria que a empresa pretende trazer de fora. Por exemplo: consultando o código de identificação do produto — isto é, a NCM — e fazendo a simulação pelo site da Receita Federal é possível saber se serão necessárias autorizações e certificações de órgãos do governo que garantem ao consumidor a segurança e qualidade dos produtos. 

Se este for o caso, entram na conta taxas para habilitação e liberação de itens controlados pela Anvisa, Anatel, ou pelo Inmetro, Ibama, Mapa, Decex, entre outros. No Portal Único Siscomex, que tem acesso gratuito, é possível encontrar todos os detalhes referente ao produto que a empresa deseja importar. 

Já quando se trata da fabricação da mercadoria, é preciso definir se serão aplicadas personalizações — como marca própria, código de barras, manuais traduzidos — e sua implicação no valor final. E, além disso, devem ser considerados também aspectos como a quantidade — se o aumento ou diminuição das unidades, por exemplo, implicaria numa redução de custos — e o volume e o peso da carga — que podem influenciar nas despesas com armazenamento e transporte, por exemplo. 

Logística

Por falar em armazenamento e transporte, a logística como um todo é um fator determinante na hora de definir o custo de uma importação. Algo a ser considerado é se a empresa vai optar por um agente de cargas para se responsabilizar por todo o processo de transporte, da origem até o seu estoque, ou se vai contratar diferentes parceiros para cada etapa. Aqui devem ser contabilizadas as despesas com a movimentação, o armazenamento, até a liberação da carga.

Nesse sentido, a empresa vai optar pelo transporte aéreo ou marítimo? Por exemplo: se você pretende importar uma mercadoria com pouco volume e valor agregado muito baixo, o transporte aéreo pode ficar com preços similares ou até mais em conta que a via marítima. 

Mas se a opção escolhida for pelo mar, por ser em geral mais vantajosa, considere no cálculo o pagamento do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) — taxa que será direcionado ao desenvolvimento da marinha mercante e indústria naval do país —, e principalmente os custos de armazenagem, demurrage — caso haja atrasos na devolução do container alugado — e frete rodoviário. 

Outra decisão para quem opta pela carga marítima é o modelo de container — se exclusivo ou compartilhado. Isso vai depender do volume e quantidade de mercadoria que a empresa irá importar, se a carga pode ser misturada com outros produtos e até a urgência para a entrega. 

No modelo exclusivo (Full Container Load – FCL) em geral o importador tem uma carga maior, o que exige um investimento equivalente, mas dilui as despesas fixas com taxas de liberação e desembaraço aduaneiro, e permite a negociação nas tabelas de armazenamento. Nesse modelo, há ainda mais controle sobre o embarque e desembarque e menos manuseios, mitigando riscos como roubo e danos. Já para quem pretende comprar menores quantidades de mercadoria, o container compartilhado (Less than Container Load – LCL) pode ser uma opção. 

Impostos

Parte dos custos para importação vem da cobrança de impostos, que são aplicados sobre qualquer mercadoria, salvo algumas exceções. Esses valores, destinados ao Estado, em geral são reinvestidos em estrutura  — incluindo manutenção de portos e aeroportos, renovação de frotas — e políticas voltadas para o comércio exterior. 

Empresas constituídas, isto é, com CNPJ e licenças adequadas, podem optar pela importação formal com a finalidade de revenda ou para consumo da companhia — a exemplo de matérias-primas para manufatura e industrialização, ou máquinas e equipamentos — e a incidência de impostos vai variar de acordo com o valor da operação. 

Neste caso, se aplicam 5 impostos e todos eles, com exceção do ICMS, tem suas alíquotas de acordo com a já citada NCM. São eles: 

– Imposto de Importação (II): exclusivo para importação, visa regular o comércio exterior, sendo cobrado assim que a mercadoria entra no país. 

– Imposto de Produtos Industrializados (IPI): aplicado sobre produtos que passaram por algum processo industrial. 

– Programa de Integração Social (PIS): financia a Seguridade Social, direcionada para o amparo do trabalhador, como em casos de acidentes de trabalho relacionados à importação, por exemplo.

– Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS): também com a finalidade de amparo social, é pago após a emissão da Declaração de Importação (DI). 

– Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): trata-se de um imposto que é recolhido pelo estado a que se destina a mercadoria e que, consequentemente, apresenta uma variação de alíquota de acordo com o estado.

Como mencionado, é possível fazer a simulação dos custos para tratamento tributário e administrativo das importações pelo Portal Único Siscomex ou ainda usando plataformas pagas, como a Tecwin Web.

Outras despesas

Para além dos impostos, a importação pode implicar ainda em outros custos como seguros — que apesar de não serem obrigatórios, são indicados para cobrir possíveis intercorrências — e taxas específicas para alguns tipos de mercadoria e segmentos — a exemplo de produtos agrícolas e medicamentos que estão sujeitos a controles especiais ou o CIDE – Combustíveis, aplicado sobre produtos derivados do petróleo. 

Outro exemplo de despesa adicional, já mencionada, é a demurrage, que é cobrada quando há atrasos na devolução do container alugado para o navio — algo que pode acontecer por uma série de razões, como problemas no desembaraço, na liberação da mercadoria e bloqueio no porto ou estação, e que tem um alto impacto no custo final da mercadoria. 

Facilitando os cálculos

Levando esses tópicos em consideração, é possível ter uma visão mais clara sobre quanto vai custar fazer a importação da China. Porém, com a JoomPro, esse processo de busca pela mercadoria e previsão de custos podem ser facilitados. Basta acessar o site da JoomPro e solicitar uma cotação gratuitamente pelo botão “Fale conosco”. 

Em seguida, um consultor irá entrar em contato para colher um briefing com a sua empresa, detalhando que tipo de mercadoria que desejam e com que especificações. Depois o time alocado na China vai atrás dos produtos e fornecedores ideais. E, por fim, um especialista em Comex ficará responsável por validar todos os cálculos de taxas, impostos e transporte, e entregar a cotação pronta, sem nenhum custo. Isso significa que a empresa só vai fazer um investimento se a importação fizer sentido para o negócioExperimente!