Muito temos falado sobre Inteligência Artificial (IA), principalmente com a recente popularização do ChatGPT. Entretanto, a IA já é utilizada há bastante tempo no mundo do e-commerce – e os resultados apontam que isso só vai aumentar. O grande fascínio por trás do conceito de IA é que as inteligências artificiais podem aprender sozinhas.
A Inteligência Artificial aprende da mesma forma que nós humanos: a partir da recepção de feedbacks positivos ou negativos sobre suas ações. No e-commerce, pode-se dizer, de forma simplificada, que os feedbacks positivos virão daquelas ações que aproximam o seu consumidor da compra – ou seja, da conversão e da geração de receita – e os negativos daquelas que o afastam de concluir a compra. Por exemplo, se um cliente adiciona um produto no carrinho de compras, ele está mais perto de comprar do que aquele que sai do site sem fazê-lo.
A inteligência artificial no e-commerce
Assim, fica mais fácil entender de que forma a IA tem sido usada no e-commerce, já há bastante tempo. Não é de hoje que cada movimento do cliente é rastreado, como, por exemplo:
– A movimentação do mouse;
– Buscas por produtos;
– Cliques em opções do menu e botões;
– Tempo de permanência em cada página de produto;
– Produtos adicionados ao carrinho;
– Compra efetuada;
– Dados do dispositivo utilizado, como IP e tipo de dispositivo;
– Dados de entrega, como CEPs;
– Entre muitos outros.
Essas informações podem ser capturadas e analisadas por diversas ferramentas que, com base nos feedbacks positivos e negativos gerados a partir das ações dos clientes, produzirão insights e otimizações buscando melhorar o fluxo de conversão de vendas online.
Em março deste ano, a Fast Company listou as 10 empresas mais inovadoras em inteligência artificial de 2023. Dentre elas, estão tecnologias como a da Voxel, um sistema de monitoramento que analisa feeds de vídeo para avaliar possíveis ameaças no local de trabalho em fábricas. Ou a Pano, que usa um sofisticado software em nuvem e uma rede de câmeras para avisar o corpo de bombeiros sobre desastres em andamento. Nós da Signifyd oferecemos soluções de proteção para e-commerces, e entramos para este top 10 ao utilizar aprendizado de máquina para analisar milhares de variáveis em tempo real e detectar fraudes contra o comércio eletrônico antes que elas aconteçam, mostrando que a Inteligência Artificial vai muito além do ChatGPT.
A ascensão da inteligência artificial no e-commerce
Com o crescimento natural das vendas online e digitalização do varejo, haverá cada vez mais acesso a sites e aplicativos de e-commerce e, consequentemente, maior captura de dados do comportamento digital do consumidor. Contudo, essa informação só adquire valor real se tratada e analisada corretamente, em prol da criação de melhorias e mudanças. Isso significa que o comércio eletrônico precisará de cada vez mais inteligência artificial para processar volumes cada vez maiores de informações, aprender de forma automática com elas e aplicar, de forma eficiente, otimizações que representem a melhor forma de converter cada cliente.
Uma pesquisa da Invesp revelou que recomendações personalizadas de produtos, geradas com IA, representam mais de 35% das compras na Amazon. Ainda de acordo com a empresa, 49% dos consumidores afirmam ter comprado produtos que não consideravam comprar inicialmente, depois de ter visto uma recomendação personalizada. Segundo dados da Signifyd, o uso de inteligência artificial na prevenção de fraude leva a aumentos na taxa de aprovação maiores a 10%.
O e-commerce, de forma geral, é um negócio de margens de lucro baixas. Na prática, isso significa que não há espaço para deixar de converter e, também, que demanda ganho de escala para diluição do custo da operação. Com resultados, como os citados acima, não restam dúvidas de que inteligência artificial é a grande resposta para expandir a força comercial do e-commerce, potencializar vendas e um caminho a seguir na busca do crescimento do seu negócio.