Pressionada pela pandemia, a Elgin teve que acelerar um processo de migração para o digital e adaptar toda sua estrutura a uma nova realidade
Para muitos negócios, a pandemia de covid-19 trouxe novas necessidades. A adaptação ao mundo digital foi fundamental para que as vendas não caíssem, mas nem todos estavam preparados para isso, como é o caso da Elgin.
Na palestra “Case Elgin: como acompanhar a transformação ao longo dos anos e mergulhar no digital”, do Fórum E-Commerce Brasil 2022, Ana Paula Corazzini, diretora de tecnologia da empresa, compartilhou como aconteceu essa adaptação.
“A gente tinha uma página em branco. Essa era a verdade da nossa realidade em 2020”, contou Ana Paula sobre como começaram a implantar de forma rápida o que talvez demorasse mais tempo para acontecer, não fosse a pandemia.
Para não se perderem em um processo tão aberto, a diretora de tecnologia contou que estabeleceram um norte para guiar o trabalho e evitar que voltassem para a zona de conforto: o cliente.
Ao longo de sua fala no Fórum, Ana Paula ressaltou diversas vezes como ela acredita ser essencial não perder de foco que o objetivo final é obter o sistema mais adequado ao que o cliente precisa.
Outro ponto reforçado por ela foi o da priorização. “Nós sempre teremos recursos limitados, seja de dinheiro, seja de pessoas, então precisamos fazer as boas escolhas que nos tragam os melhores resultados”, defendeu.
Para que as escolhas sejam objetivas e assertivas, ela defende que se baseiem em dados concretos e metodologia ágil.
O processo de implantação de um sistema digital
A diretora de tecnologia da Elgin – empresa que trabalha principalmente com a produção e venda de ar condicionado e climatizadores, mas também de energia solar, entre outros – relata que uma das primeiras coisas que foi definida era que tudo deveria ser feito em nuvem, porque acreditam que isso traz flexibilidade e melhor a integração.
Outro ponto-chave do processo, segundo Ana Paula, foi estabelecer parcerias. Para ela, poder delegar certas ações para parceiros com expertise, ao invés de conduzir tudo internamente, permitiu com que o processo fosse acelerado. Tudo foi criado e implantado em sete meses.
Como exemplo, ela disse que enquanto o CRM era implantado em uma unidade de negócio, o e-commerce era implantado em outra. Dessa forma, o processo central de diversos estágios era desenvolvido em paralelo e apenas reproduzi-lo em outras unidades depois era mais rápido.
A mudança além da tecnologia
Além de programas e sites, a implantação de uma nova tecnologia passa por um componente humano. Na Elgin, a executiva destacou que foi necessário uma mudança de mentalidade.
“Estamos mexendo na zona de conforto das pessoas”, disse, sobre o que precisar trabalhar bem a nova realidade com as equipes.
Para a empresa, não bastava criar um e-commerce, era preciso treinar os profissionais e adaptar todo o processo de vendas, produção e atendimento. Tudo isso, ressalta novamente a diretora de tecnologia, com foco no cliente.
Por Sara Baptista, em cobertura especial durante o Fórum E-Commerce Brasil
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