Logo E-Commerce Brasil

Cinco passos para seu e-commerce não tropeçar na Black Friday

A Black Friday é o típico evento que leva as pessoas a uma contagem regressiva para o acesso às ofertas de consumo que a ocasião propicia. Mas a expectativa do lado de quem compra precisa ser traduzida em muito preparo por parte de quem vende, especialmente em relação à estrutura do e-commerce que irá hospedar as transações online na tão aguardada sexta-feira que, neste ano, será em 26 de novembro.

Afinal, como bem diz Rodrigo Mourão, cofundador e CTO da WEBJUMP, empresa de tecnologia focada em transformação digital, a Black Friday não deve ser uma data de sustos, dores de cabeça e cabelos em pé, principalmente para quem cuida de tecnologia. “Ninguém da área precisa varar madrugadas por conta de contratempos”, afirma.

Porém, para desfrutar dessa tranquilidade no grande dia, tanto os profissionais de TI quanto os varejistas também devem contar o tempo que o precede. Na verdade, têm de contar com antecedência os passos recomendados para chegar à Black Friday prontos para dar fluxo às vendas da maneira mais eficaz possível. “Não adianta correr no último minuto”, alerta Mourão.

É necessário também estar atento para definir uma estratégia de vendas que atraia o cliente para a plataforma da empresa sem decepcioná-lo com as ofertas disponibilizadas. Existem práticas que, em vez de aproximar o consumidor da marca para a sua fidelização, causam o efeito contrário.

Não é recomendável, por exemplo, aumentar os preços um mês antes da Black Friday para dar a impressão de que os descontos concedidos são maiores do que os reais na data em questão. “Nos dias de hoje, o consumidor é bem ligeiro na análise dos fluxos de preços, e descontos maquiados mancham a reputação da empresa”, avalia Rodrigo Mourão.

Outra bola fora são promoções “fake” do tipo “Toda a loja com até 80% de desconto”, quando na verdade o abatimento anunciado se refere a um ou poucos produtos menos atraentes. Quando o usuário clica no anúncio e entra na plataforma, além de perceber que a oferta não era verdadeira, passa a ser bombardeado por campanhas de remarketing da loja – aquelas voltadas para quem já manifestou interesse pela marca.

“Nesses casos, as empresas investem tempo e dinheiro para levar o usuário para a loja virtual e acabam proporcionando a ele uma experiência tenebrosa”, diz Mourão.

Evitar tropeços é fundamental sobretudo neste ano em que a Black Friday promete ser a mais agitada da história nos meios digitais. Já em 2020, o evento no Brasil movimentou R$ 4 bilhões na internet em 26 e 27 de novembro, um aumento de 25% em relação a 2019, de acordo com dados da consultoria Ebit/Nielsen. Em 2021, as perspectivas são ainda mais animadoras. Segundo um estudo da Méliuz, startup de cashbacks, 71% dos brasileiros pretendem comprar na Black Friday, sendo que a maioria diz que realizará essas compras online.

Diante desse cenário tão positivo, Rodrigo Mourão, da WEBJUMP, sinaliza os cinco passos do e-commerce para uma Black Friday sem atropelos:

1 – Envolva o time de tecnologia na estratégia: desde o começo do planejamento das ações para a Black Friday, o pessoal de TI precisa estar alinhado com o staff de gestão e marketing para a definição de metas e objetivos em relação à data; só assim a operacionalização da estratégia proporcionará os resultados esperados.

2 – Preveja gargalos no planejamento: o lojista precisa estar atento aos gargalos que sua plataforma apresenta, e eles podem surgir justamente quando há um grande número de usuários em um curto espaço de tempo – o cenário da Back Friday. É necessário detectar essas possibilidades com antecedência e tomar medidas para evitá-las. Se o fluxo emperra quando há muitos itens no carrinho, por exemplo, pode valer a pena limitar essa quantidade por operação para não causar dores de cabeça aos compradores na data tão aguardada.

3 – Evite realizar alterações de última hora na aplicação: por mais simples que pareçam ser, ajustes demandam tempo para se tornarem funcionais. Nada de movimentos bruscos: eventuais mudanças devem ser feitas até o limite máximo de uma ou duas semanas antes da Black Friday.

4 – Faça testes de estresse: sua plataforma precisa ser posta à prova em relação ao que terá de suportar na Black Friday. Existem ferramentas específicas para checar seus limites e seu poder de recuperação depois de uma “capotagem “.

5 – Faça um minucioso checklist: preveja hipóteses de algo dar errado em várias frentes, como a plataforma sair do ar ou faltar estoque, e tenha à mão a lista de providências necessárias em cada uma dessas situações – inclusive quem deve ser acionado para ajudar a resolvê-las.

Leia também: Black Friday: melhorar a experiência do consumidor é o ponto nevrálgico