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Redes sociais: previsão de aumento das vendas em 2023

Por: Fernando Carvalho

Especialista de SEO no Bling

É publicitário de formação e especialista em SEO do Bling. São mais de 13 anos de atuação em marketing digital, BI e tecnologia. Já atuou em alguns dos principais players de conteúdo do país e prestou consultorias de SEO para diversas empresas, sem perder o entusiasmo de buscar atualizações e novas ideias.

Quando se fala em vendas, uma excelente ferramenta para o empreendedor são as redes sociais. Mas o que esperar das vendas pelas redes sociais em 2023?

De acordo com uma pesquisa do All INN, em parceria com a Opinion Box:

– 87% dos consumidores já fazem suas compras online;

– 75% utilizam as redes sociais para busca de produtos;

– 74% dos consumidores costumam utilizar o Instagram, o Facebook e outras redes sociais para fazerem suas compras.

Um panorama sobre a importância das redes sociais para o varejo digital e como elas podem ser mais efetivas para o seu negócio.

Com dados sempre crescentes e positivos, as redes sociais são um forte veículo para as empresas e estima-se a ampliação do uso desses canais neste ano, já que elas não param de se atualizar para suprir as necessidades do mercado e dos empreendedores.

Redes sociais e marketing digital

Redes sociais e marketing digital são duas faces de uma mesma moeda. Após a pandemia, especialmente, não se pode falar em um sem o outro. Nesse período, as vendas pela internet e redes sociais aumentaram vertiginosamente, contagiando até os mais descrentes em compras online.

O faturamento do e-commerce no Brasil cresceu de forma exponencial em 2020 e manteve-se em alta em 2021 e 2022, oferecendo estimativas de que o crescimento das vendas digitais continue a subir nos próximos anos, podendo atingir R$187 bilhões em 2023.

Toda essa popularização das compras online deve-se em parte significativa às redes sociais. Isso porque algumas tendências do marketing digital e das redes sociais são muito atreladas, funcionando conjuntamente. E são essas tendências que auxiliarão o aumento das vendas para o ano.

Apps de mensagem cada vez mais utilizados

Para 2023, estima-se maior ampliação do uso de aplicativos de mensagem nas redes sociais como:

– WhatsApp;

– Facebook Messenger;

– Telegram;

– Instagram Direct.

Todos já são opções bem consolidadas que seguirão em ascensão, pois são ferramentas utilizadas diariamente por milhões de pessoas e que recebem aprimoramentos de forma constante.

Inteligência virtual, realidade aumentada e avatares

Em 2023, a inteligência virtual ficará cada vez mais presente no varejo, incluindo o uso de avatares. O avatar poderá ser um facilitador na hora das vendas – colocando-o para falar por você ou mesmo para participar de chamadas de vídeo – tudo para atender melhor o cliente.

A inteligência artificial ajudará as empresas a fornecerem recomendações melhores e personalizadas ao perfil de cada cliente, além de realizar análises de dados, de forma a tornar as operações mais eficientes, melhorando a experiência do consumidor.

A RA (realidade aumentada) tem se tornado cada vez mais popular no varejo eletrônico, já que permite aos clientes visualizarem como os produtos ficariam em sua casa ou se a roupa desejada ficará bonita em seu corpo. Tudo isso sem precisar sair de casa.

A realidade aumentada é útil e melhora de maneira significativa a experiência de compra dos clientes. Nesse sentido, ela deveria estar presente tanto em e-commerces quanto em lojas físicas.

Entretenimento e vendas caminhando juntos

As “dancinhas” e os vídeos curtos se manterão como tendência em 2023, e continurão sendo um dos pontos altos das redes sociais, tal qual no ano passado. Seja pelo Tik Tok ou pelo Reels do Instagram, esses vídeos viraram criadores de tendências, tornando-se uma ferramenta aliada das empresas.

Essa tendência consolidou-se entre os empreendedores por unir três pilares:

– entretenimento;

– alcance de público;

– aumento de vendas.

Uso cada vez maior do Instagram

O Instagram conta com aproximadamente 122 milhões de brasileiros que publicam vídeos e fotos, realizam lives, comunicam-se através do direct e, inclusive, divulgam seus produtos, seus serviços e suas empresas.

Esses dados colocam o Instagram como a rede social mais utilizada para pesquisa, compra e avaliação de produtos.

Seria possível uma ressurreição do Facebook?

Com toda a popularidade do Instagram crescendo, o Facebook teve uma queda na sua popularidade, especialmente entre o público mais jovem.

Esse fato colocou o Mark Zuckerberg (diretor executivo do Facebook) em movimento, de forma a criar mudanças na rede social, entre elas:

– Maior número de postagens recomendadas pela inteligência artificial de páginas e/ou pessoas que o usuário não segue;

– Fluxo intenso de novidades no feed;

– Uso de avatares digitais.

O objetivo das mudanças é manter os usuários dessa rede social, contribuindo, de forma concomitante, para que os anúncios no Facebook cresçam e ofereçam mais oportunidades para empresas e marcas, incentivando o usuário a se engajar com o Facebook. Assim, por meio dessa relação, os empreendedores saem ganhando e o aplicativo também.

Social commerce – o comércio movimentado pelas redes sociais

O social commerce é um tipo de comércio eletrônico baseado nas redes sociais que vem crescendo significativamente e promete ser uma das maiores tendências do varejo para 2023, seja para quem vende somente online ou para quem possui um negócio físico e busca a transformação digital.

Pelo social commerce, as empresas podem alcançar um público bastante amplo, atraindo novos clientes – devido ao intenso fluxo de usuários que as redes sociais possuem em todo o mundo.

O social commerce permite que os usuários realizem a compra de produtos ali mesmo nas redes sociais, de forma direta e sem precisar ir a outra página ou aplicativo. Essa é uma estratégia eficiente, uma vez que o consumidor não precisa sair da plataforma, concluindo a compra em menor tempo e aumentando a conversão das marcas.

Essa tendência pode ser seguida por qualquer empresa e de forma muito fácil: por anúncios patrocinados que redirecionam os usuários para a página de vendas na própria rede social.

Ao utilizar o social commerce, a empresa consegue interagir de forma direta com sua clientela, pelas redes sociais, criando uma relação de confiança com seu público, e consequentemente gera fidelidade de seus consumidores, aumentando o Lifetime Value do negócio.

Social commerce, live commerce, mobile commerce – são todos iguais?

Não! O live commerce e o mobile commerce nada mais são do que formas de compra derivadas do social commerce, apresentando algumas similaridades e, de certa forma, complementando-se. Porém, não são iguais.

O live commerce é o comércio eletrônico que é baseado em transmissões ao vivo por plataformas como o YouTube ou o Facebook.

Mesmo que o YouTube não seja considerado uma rede social propriamente dita, o live commerce pode ser considerado uma forma do social commerce pelo tipo de interação empresa-cliente que acontece na plataforma.

Isso porque, durante as transmissões ao vivo, os vendedores expõem os produtos que estão à venda, falam sobre eles, explicam o funcionamento e esclarecem dúvidas dos consumidores. Os espectadores podem fazer seus questionamentos e realizarem as compras diretamente pela plataforma.

O live commerce costuma funcionar muito bem dentro do social commerce pela sua metodologia de manter a atenção dos clientes e também por gerar um “senso de urgência” para a compra. As ofertas tendem a ser limitadas e disponíveis apenas enquanto durar a transmissão ao vivo.

O mobile commerce, por sua vez, é um outro termo relacionado ao social commerce que se refere às compras eletrônicas realizadas através de dispositivos móveis: smartphones e tablets.

Ele tem crescido rapidamente nos últimos anos, devido ao fato de os dispositivos móveis serem amplamente usados para acessar à internet, além de muitas pessoas utilizarem unicamente seus smartphones para navegar.

Portanto, social, live e mobile commerce são todas variações do comércio eletrônico que se baseiam em plataformas digitais específicas e vêm crescendo nos últimos anos, oferecendo grandes oportunidades para as empresas aumentarem seu alcance de público e atrair novos clientes.

Social commerce: redes sociais como vitrine

As redes sociais popularizaram-se no varejo virtual por funcionarem como uma vitrine que permite mostrar seu negócio e obter vantagens bastante interessantes. Entre elas, o aumento das vendas – independentemente da área de atuação – e a prospecção de novos clientes.

Além disso, as redes sociais melhoram a relação com o consumidor, que passa a ter mais confiança na empresa. Isso é possível pois ele passa a confiar nesse relacionamento em que é permitido comentar e compartilhar com outras pessoas várias informações sobre o produto ou sobre o serviço, como uma forma de marketing gratuito – apenas pela pessoa se identificar e gostar da marca.

Além do exposto acima, ainda existem outros benefícios de usar as redes sociais:

– Aumento de notoriedade da marca;

– Fidelização de clientes;

– Cria autoridade no mercado;

– Melhora taxas de conversão;

Torna a experiência do consumidor mais completa e enriquecedora.

Nesse sentido, sem dúvida, as redes sociais podem e devem ser usadas como vitrine. E, se usadas corretamente, elas oferecem todas as vantagens supracitadas.

Para usar as redes como vitrine de um negócio de forma a ampliar o alcance e a alavancar as vendas, algumas estratégias são necessárias:

Utilizar a rede social correta para cada tipo de negócio e público

Utilizar o canal correto é o primeiro passo, pois, ao contrário do que comumente se pensa, não é preciso ter um perfil em todas as redes sociais de uma só vez.

O ideal é fazer uma pesquisa sobre os canais que o público-alvo do negócio mais utiliza para selecionar com assertividade o canal e criar o perfil nele. Ou seja, a empresa precisa estar onde seus consumidores estão, para assim facilitar o processo de venda.

Criar um plano assertivo de mídias sociais

Da mesma forma que se planejam postagens em um blog, é preciso também ter um planejamento específico para as mídias sociais. Organizar uma agenda de postagens, criando um cronograma em que conste:

– Quantidade de publicações diárias;

– Horários das postagens;

– Conteúdos que serão oferecidos.

Utilizando essa técnica, sua página ganha valorização pelos algoritmos das redes sociais, os quais inferem que seu conteúdo e seu negócio são relevantes e oferecem qualidade para as pessoas. Em consequência, há o aumento de alcance, fazendo com que a página da empresa apareça na timeline ou no feed dos seguidores de forma mais frequente.

Imagens e identidade visual de qualidade

Em qualquer rede social, a qualidade da imagem é um fator decisivo, especialmente no caso de páginas de negócios.

Logo, fazer postagens com imagens ruins, fora de foco ou de baixa qualidade pode ser fatal. Então, antes de criar o conteúdo, recomenda-se buscar fotos de qualidade e adequadas que deem um ar de profissionalismo.

O mesmo ocorre com a identidade visual, que padroniza o conteúdo produzido.

Oferecer conteúdos relevantes para o público-alvo

A rede social torna-se uma vitrine do negócio apenas quando fornece conteúdos relevantes, por isso deve-se evitar fazer postagens apenas com intuito de vender. Lembrando que a rede social é uma mídia de relacionamento – assim, a venda ocorre como um efeito colateral da interação com a página.

Portanto, crie conteúdos educativos úteis e que ofereçam informações simples e rápidas, de forma que aumente o interesse pela marca até conseguir a fidelização do cliente.

Mostre as experiências positivas dos clientes

Ainda pensando em uma vitrine, usar as experiências e os depoimentos positivos dos clientes pode ser um excelente gatilho mental.

Ao mostrar para o público a experiência de outras pessoas com o produto ou serviço, são percebidas a aceitação e a credibilidade do que você comercializa. Assim, as pessoas passam a comprar com mais segurança e facilidade.

Faça ao menos uma postagem semanal, em vídeo ou depoimento escrito, de clientes que compraram e indicam seu produto ou serviço.

Utilize as hashtags

Usar as hashtags ajuda a direcionar o conteúdo para um “feed particular”, levando a página do seu negócio às pessoas que já estão interessadas naquilo que é oferecido. Dessa forma, a venda acontece de maneira natural, sem precisar elaborar outras estratégias.

Redes sociais são molas propulsoras

As redes sociais extrapolaram sua função original – entretenimento ou comunicação – e passaram a trabalhar para as empresas.

Isso acontece diante de um universo digital que está em constante e rápida mudança. Portanto, investir em estratégias que utilizem as redes sociais como molas propulsoras de vendas é algo imprescindível na configuração atual do varejo eletrônico.

São muitas as projeções sobre o uso das redes sociais para o aumento das vendas em 2023. A tendência é de que as vendas online continuem a crescer nos próximos anos e, cada vez mais, as pessoas sintam-se confortáveis ​​em efetuar compras online. Consequentemente, haverá um aumento da oferta de produtos e serviços no meio digital.

Portanto, usar essa estratégia a favor do crescimento de um negócio é uma decisão assertiva que gerará resultados positivos.